Mostrando postagens com marcador tratamento. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador tratamento. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

A crise na Agespisa vem de longe, mas ninguém viu

Por: 180graus / Zózimo Tavares

O projeto de subdelegação parcial dos serviços de água e esgoto sanitário de Teresina, lançado pela Agespisa, é o assunto do dia. E não poderia ser diferente. A empresa enfrenta o seu momento mais crítico, do ponto de vista técnico, operacional e financeiro, e o abastecimento de água da cidade vive um caos.
A dívida da Agespisa é de R$ 1 bilhão. Não custa lembrar que ela foi zerada há menos de 20 anos. Mas a empresa de há muito é deficitária, opera no vermelho. Hoje tem uma receita mensal de R$ 27 milhões e uma despesa de R$ 28 milhões. O rombo nas finanças aumenta a cada mês, enquanto as demandas se multiplicam e se avolumam, por falta de investimentos.


Em outubro passado, a Estação de Tratamento de Água, construída há mais de 30 anos, entrou em colapso. Duas vezes. Toda a cidade ficou sem água. Isso aconteceu porque, ao longo de mais de três décadas, a ETA não recebeu nem a manutenção nem os investimentos necessários. E carga sobre ela não parou de crescer.

Assim também ocorreu com o resto do sistema, hoje completamente sucateado. Em função disso, as perdas de água tratada em Teresina chegam a 60%. A rede de distribuição de água da capital é quase uma peneira. Os vazamentos são frequentes, em vários pontos, com grande desperdício. A Agespisa produz 235 milhões de litros de água por dia. Mais da metade saem pelo ralo. Isto é, pelos canos corroídos e desgastados pelo tempo.

Diante desse quadro caótico, de sua dívida astronômica e de sua incapacidade de endividamento, a Agespisa lançou o plano de sublocação de seus serviços em 30% da cidade. É a saída que se apresenta. Ela já deu certo em várias outras cidades. As reações começam a surgir, da parte de órgãos de controle, de sindicatos e de políticos.

É salutar que isso aconteça, para que a sublocação, se vier a se concretizar, ocorra dentro do processo de legalidade, economicidade e transparência que a lei exige. E que ela venha, ao final, atender efetivamente às necessidades da população, que são urgentes.

Não custa lembrar, porém, que a crise na Agespisa não começou ontem. Ela vem de longe. Os que hoje combatem o novo plano de gestão da empresa viram a empresa afundar, ao longo do tempo, e pouco ou nada fizeram para, ao menos, alertar sobre a gravidade do problema. Em sua maioria, fizeram vistas grossas porque, de alguma forma, estavam tirando proveito da situação.

Veja Mais: http://180graus.com/zozimo-tavares/a-crise-na-agespisa-vem-de-longe-mas-ninguem-viu-577454.html 

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Água e esgoto são a bola da vez dos investidores em novas tecnologias

Água é a bola da vez. Aliás, sempre foi, mas quando um serviço de informação financeira como o Bloomberg New Energy Finance (BNEF) lança um produto específico sobre o assunto, quer dizer que quem tem dinheiro está olhando de perto as oportunidades trazidas não só pela privatização do recurso, mas também observa as tendências que aliam a gestão deste recurso com a sustentabilidade e novas tecnologias.
Para quem não conhece, a Bloomberg é um conglomerado de mídia e Internet para a elaboração e distribuição de análises e informações financeiras e que nos últimos anos vem focando no meio ambiente, lançando um cobertura noticiosa específica e, por meio do BNEF, analítica das energias renováveis: eólica, solar, biodiesel e geotérmica.

Segundo o comunicado de lançamento do novo produto focado em água, a ideia é fornecer informação analítica sobre as tendências da gestão deste recurso que tradicionalmente não é levado em consideração nos cálculos econômicos das empresas. Mas hoje, este é um recurso escasso e cada vez mais importante na vida das empresas. Sua gestão não é só uma questão de garantir acesso para o sistema produtivo, mas é também uma questão de ganho de novos mercados por meio da aplicação de novas tecnologias.

Conforme foi antecipado pela Revista Sustentabilidade no início do ano passado em boletim especial, as empresas de investimento em tecnologias limpas, as empresas de água e o setor produtivo vêm crescentemente investindo e desenvolvendo novas tecnologias para fechar o ciclo da água. Isto acontece porque as legislações ambientais estão cada vez mais restritivas, o consumidor está exigindo posturas mais responsáveis das empresas, enquanto o setor de prédios verdes dispara no mundo.

Já existem empresas que pesquisam e desenvolvem tecnologias para não só reusar a água nas fábricas e prédios, mas também para aproveitar os efluentes gerando energia, produzindo aditivos para adubos e até para produzir bioplásticos e outros materiais do lodo.

Redes Inteligentes - Uma outra área crescente de interesse destas inovações está em novos sistemas de controle e distribuição, pois a maioria das empresas de água enfrentam graves problemas de perdas e vazamentos. Se as perdas de uma Sabesp em São Paulo são de 40% e das empresas no nordeste chegam a 70%, na Europa não é diferente já que empresas centenárias têm que renovar suas redes. Países com Reino Unido, França e Itália enfrentam perdas de quase 30%, bem acima dos 8% da Alemanha, uma referência no setor. O resultado é que todas estes novos produtos reduzem a pressão sobre o recurso e sobre o meio ambiente.

Entre as oportunidades que serão mapeadas pelos analistas da BNEF, estarão, é claro, os projetos de expansão de redes de água potável e coleta e tratamento de esgotos nos países em desenvolvimento como o Brasil.

Segundo o Plano Nacional de Saneamento Básico, há uma necessidade de investimentos acima de R$400 bilhões até 2030 para universalizar o saneamento básico no Brasil. Isto significa investimento em infraestrutura e em novas tecnologias.

É assim que a água se encaixa direitinho nos radares dos investidores em tecnologias limpas conhecidos como cleantech. Segundo a consultoria especializada em tecnologias limpas, Cleantech Group, os investimentos de fundos de capital de risco em empresas tecnológicas de saneamento básico aumentaram para acima de US$150 milhões no último trimestre de 2011 de abaixo de US$50 milhões na média dos quatro trimestres de 2008. Desde 2009, investimentos nesta área de desenvolvimento tecnológico vêm subindo significativamente.

No final do ciclo de investimento há empresas também de olho para adquirir estas tecnologias. Ainda conforme o Cleantech Group, entre as empresas que mais investiram em empresas desenvolvedoras de tecnológicas limpas está a Coca-Cola que vem fazendo um esforço global para reduzir o uso de água na produção de bebidas. Em 2011, a Coca-Cola investiu ou fez parcerias com seis empresas. No ranking da maiores investidoras em tecnologias limpas, existem outras empresas com interesse em água como Siemens, Cargill, Procter and Gamble e Unilever, todas com alto consumo de água inclusive na produção de alimentos. Sem contar que, segundo a Bloomberg, há um grande interesse na gestão de água das empresas de geração de energia térmica.

A lógica é inexorável: se há investimento, há mercado e se há mercado para a tecnologia inovadora é porque a demanda já se consolidou.

No Brasil não é diferente. Em 2009, a Sabesp fechou um acordo com a Fapesp de R$25 milhões para financiar pesquisas e desenvolvimento de novas tecnologias na área. Este ano, a Finep do governo federal lançou o programa Brasil Sustentável, que contará com investimentos de R$2 bilhões em desenvolvimento e inovação, inclusive em saneamento básico.

Água é a bola da vez nas tecnologias limpas. A próxima, e não demorará muito, será o de reciclagem de resíduos sólidos e orgânicos, especialmente no Brasil.

Fonte: Revista Sustentabilidade
Veja Mais: http://www.engenhariaemsolucoes.com.br/index.php/agua-e-esgoto-sao-a-bola-da-vez-dos-investidores-em-novas-tecnologias/

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Levar água tratada e esgoto para todo o país custa R$ 420 bi, calcula ministério

O diretor do Departamento de Água e Esgotos do Ministério das Cidades, Johnny Ferreira dos Santos, afirmou hoje que a universalização dos serviços de água e esgoto até 2030 no país exige aporte de recursos de R$ 420 bilhões. Ele garantiu que os investimentos previstos para saneamento nos Programas de Aceleração do Crescimento (PAC) 1 e 2 são suficientes, caso sejam mantidos após 2015, para atingir esse objetivo. `No PAC 1, tivemos R$ 40 bilhões para o setor e o PAC 2 ampliou de R$ 45 bilhões para R$ 55 bilhões o montante previsto para investimentos até 2015`, disse, durante seminário sobre saneamento organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

`As empresas também precisam fazer a sua parte. E no caso do governo será necessário manter curva crescente de investimentos após 2015, quando termina a execução do PAC 2`, disse.

Entre os projetos em andamento, ele destaca 485 estações de esgoto de médio e grande porte, com destaques para as regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Porto Alegre e São Paulo. Santos lembrou que hoje existem cerca de 50 milhões de pessoas, que vivem em 17,5 milhões de domicílios, sem rede coletora de esgoto. `Mas também avançamos. Há dez anos, dois terços do esgoto coletado não eram tratados, hoje um terço não é tratado`, disse. De acordo com Santos, essa evolução ocorreu por conta de retomada de investimentos principalmente a partir de 2007. `Tivemos período difícil de 1999 a 2002, quando o país precisou de ajuste pesado e os financiamentos ficaram travados`, lembra.

Para Santos, o setor também ganhou estabilidade jurídica, já que a Lei de Diretrizes do Saneamento de 2007 e a Lei de Parcerias Público-Privadas (PPP) de 2004 contribuíram para avanços dos serviços. Hoje, segundo o diretor do Departamento de Água e Esgotos do Ministério das Cidades, o setor privado investe R$ 30 bilhões no setor. `Parte desse recurso é vinculado à compensação ambiental, como é o caso de Belo Monte e das usinas do Madeira, que exigem que seja feito o esgotamento ambiental`, diz.

Já a presidente da Sabesp, Dilma Pena, que também participou do seminário, acredita que ações como a desoneração da cobrança de PIS-Cofins do setor são importantes para garantir o aumento dos investimentos em água e esgoto nos próximos anos. `Com a desoneração, a Sabesp, por exemplo, poderá aumentar em R$ 600 milhões ao ano os investimentos.`

Fonte: Valor Econômico

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Governo Dilma investe só 22% do previsto em saneamento

ÁGUAS LINDAS (GO) e Brasília — Tristes ironias cercam Ercival Pereira de
Almeida. Ao se aposentar, resolveu deixar Brasília e morar com a família em um
local bucólico. Escolheu terreno no topo de um morro, onde constrói desde 1998
um sobrado. Um buraco cavado à enxada, no jardim, deixa antever a esperança de
construir uma piscina. O fundo da casa dá para um lago artificial, criado por
barragem que formou um reservatório de água. Mas para Almeida realizar seu
sonho falta o fornecimento seguro e contínuo de água e esgoto, o que, aliás,
ocorre só em metade dos domicílios brasileiros.

A maior ironia é que a cidade que Almeida escolheu para viver se chama Águas
Lindas, em Goiás, na divisa com o Distrito Federal, onde está localizado o
Lago Descoberto, que abastece 70% de Brasília, mas não deixa nem uma gota no
município goiano.

Desde 2007, há expectativa da chegada de R$ 60 milhões do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC) para saneamento na cidade, além de outros
milhões de um acordo entre Brasília e Goiás para instalar a rede em 31 anos, a
partir de 2003. Até hoje, porém, o sistema de abastecimento de água na casa de
Almeida é o mesmo de quatro anos atrás. A fossa séptica ele mesmo que
construiu.

— A água que temos aqui é de poço artesiano e chega para nós de uma forma
precária — lamenta Almeida.
Já quase na metade do mandato, a presidente Dilma Rousseff aplicou menos de um
quarto do orçamento previsto para saneamento básico. Entre 2011 e 2012 (até a
primeira quinzena deste mês), de R$ 16,094 bilhões disponíveis — somados FGTS
e orçamento da União — foram desembolsados R$ 3,549 bilhões, ou 22% do
programado. Para especialistas, no ritmo atual, o país não alcançará a meta de
universalização do serviço até 2030 (com fornecimento público de 100% de água
e 88% de esgoto).

Repetir modelo da habitação

Segundo eles, o quadro só vai mudar se o governo abraçar a causa, como fez na
habitação, ao criar o Minha Casa Minha Vida com forte subsídio e com foco
principal na baixa renda.

Pelos cálculos incluídos no Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), que
esteve em consulta pública até setembro, seriam necessários R$ 15 bilhões por
ano para atingir a meta. Em 2011, foram investidos apenas R$ 8 bilhões,
somados recursos públicos e privados, de acordo com cálculos do setor e neste
ano o valor deverá ser ainda menor.

A eficácia do Plansab dependerá, em parte, dos resultados das urnas neste ano,
por causa da responsabilidade dos municípios em oferecer acesso a água,
esgoto, drenagem e recolhimento de resíduos sólidos.
Mesmo quando contratados, muitos projetos não deslancham por falhas de
concepção e resultam em bloqueios das obras. Segundo o Ministério das Cidades,
dos R$ 40 bilhões previstos para saneamento no PAC 1, que vigorou de 2007 a
2010, 57% foram efetivamente executados até setembro deste ano. Pelo PAC 2,
dos R$ 17,4 bilhões, 5% foram realizadas.

Ministério: não há atraso

O ministério avalia que o andamento está dentro do cronograma e não considera
baixo o ritmo de execuções.

— Pelos números do próprio governo, os investimentos não atingem a
universalização — disse o presidente da Associação das Empresas Estaduais de
Saneamento Básico (Aesbe), José Carlos Barbosa.
De acordo com levantamento da Caixa Econômica Federal, dos R$ 9,648 reservados
pelo FGTS para saneamento em 2011 e 2012, apenas R$ 2,560 bilhões foram pagos.
Segundo levantamento da Consultoria de Orçamento do Congresso, dos R$ 6,446
bilhões autorizados para obras de tratamento de água e esgoto no período, só
R$ 989 milhões foram desembolsados e, ainda assim, utilizando-se restos a
pagar de anos anteriores.

— Os recursos não têm sido suficientes para aumentar, de forma significativa,
a cobertura — reforçou o especialista em saneamento do Banco Mundial, Thadeu
Abicalil.

As desculpas para a falta de investimentos no setor são as mesmas de décadas
atrás: faltam bons projetos, concessionárias estão quebradas e estados e
municípios não têm capacidade de tomar empréstimos. Além disso, há morosidade
nas licitações. O Ministério das Cidades repassa recursos e oferece apoio, mas
os projetos dependem das empresas, estados e municípios.

— Falta uma política de recuperação das empresas municipais país afora. A
maioria tem uso político e são deficitárias — disse a consultora da Câmara
Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) Maria Henriqueta Arantes.
Enquanto queimava o lixo que nunca foi recolhido de sua casa em Águas Lindas,
o pintor Bruno Inácio dos Santos via, ao longe, um asfalto novinho sendo
instalado:

— Aqui a pavimentação veio antes.

Ali perto, sua vizinha Laiane Pires da Silva lembra que há algumas semanas
equipes do governo deixaram “toquinhos” de madeira no chão, indicando que
poderiam fazer o saneamento.

— Depois das eleições não vimos mais ninguém aqui na rua — disse ela.

*Enviado especial a Águas Lindas

Fonte: Agencia O Globo

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Geração de energia a partir do lodo ganha impulso no Brasil

O projeto mais bem-sucedido do país na tentativa de obter energia elétrica a partir do biogás gerado em estações de tratamento de esgoto teve início em Belo Horizonte, no estado mineiro. A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) já conta com uma termelétrica de cogeração de energia em fase pré-operacional funcionando na Estação de Tratamento de Esgoto do Arrudas.


`Já estamos produzindo cerca de 800 kg/h. Em pouco tempo estaremos a todo vapor`, afirma Marcelo Gaio, superintendente de Gestão de Energia da Copasa, que realizou parcerias com consultorias e, principalmente, com universidades para buscar a tecnologia ideal para gerar energia através do lodo, processo comum em vários países da Europa.

O processo de geração de energia elétrica funciona da seguinte forma: durante o tratamento do esgoto, o metano produzido nos biodigestores é canalizado para a termelétrica gerando calor nas turbinas, além de aquecer o lodo utilizado na reação anaeróbica. `O potencial de geração de energia é pequeno se comparado a outras culturas. Nunca será possível, por exemplo, exportar ou vender energia gerada em estações de tratamento de esgoto. Mas para economia interna o projeto é de grande importância`, afirma Gaio.

Quando as turbinas da Estação de Tratamento de Esgoto do Arrudas estiverem funcionando 100%, a economia no consumo de energia elétrica da planta chegará a 90%. `É um número formidável. E tem mais um detalhe importante: a usina vai também economizar em outras ações, pois não precisará pagar o custo de transporte deste lodo, que será queimado para gerar energia`, explica Gaio.

Segundo a Copasa, o investimento no projeto foi de cerca de R$ 64 milhões, que terá retorno a médio prazo. Quando começar a operar a todo vapor, a Estação alcançará a meta de 2.4 megawatts, o que irá representar uma economia para a empresa de R$ 2,7 milhões por ano. `Nós vamos levar o projeto para outras estações de tratamento da Copasa. Já estamos bem adiantados na estação de Ibirité`, exemplifica Gaio.

Experiências similares, em menor escala, também ocorrem em outros Estados brasileiros. Em Foz do Iguaçu (PR), a Estação de Tratamento de Esgoto de Ouro Verde, da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), implantou um programa experimental em 2008 e já começa a dar resultados. `Acho que em um futuro próximo, toda estação de tratamento de esgoto irá produzir sua própria energia elétrica. É assim em vários países da Europa e pode ser repetido com êxito no Brasil`, afirma Gaio.

Fonte: Terra

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Esforço conjunto pelo Tietê

O governo do Estado já investiu US$ 1,6 bilhão nas duas primeiras fases do Projeto Tietê, um programa de despoluição destinado a coletar e a tratar o esgoto jogado no rio in natura na região metropolitana. A sua terceira fase, iniciada em 2009 com prazo de conclusão marcado para 2015, exigirá mais US$ 1,8 bilhão para a execução de 564 obras que aumentarão o índice de esgoto coletado de 84% para 94%. Até 2020, todo dejeto gerado deverá ser coletado e tratado. Infelizmente, este é, até agora, um esforço isolado e, por isso, sob risco, como se pode concluir do Relatório de Qualidade das Águas Superficiais no Estado de São Paulo. Ele mostra que a maioria dos 176 municípios que integram a Bacia do Rio Tietê - entre a nascente em Salesópolis e a divisa com Mato Grosso do Sul, onde o Tietê deságua no Rio Paraná - nada tem feito.




Menos de 30% das cidades têm sistema de coleta e tratamento total de esgoto e outros 20% lançam seus dejetos sem nenhuma interferência no leito do rio - a maioria desses municípios se localiza na região metropolitana, coração do Projeto Tietê. Além da omissão das prefeituras, setores da indústria e boa parte da população pouco se importam com o que despejam no rio. Tanto é assim que, no ano passado, 3,3 milhões de metros cúbicos de sedimentos foram retirados do rio. Em boa parte, toneladas de terra levadas pelas águas das chuvas dos novos loteamentos e construções erguidas sem a mínima preocupação ambiental. Desde 2011, mais de 15 mil pneus foram retirados do Tietê.

Na Grande São Paulo, os únicos municípios que colaboram com o governo paulista, além da capital, são Salesópolis e São Caetano do Sul. Considerada toda a bacia, só 51 municípios têm coleta e tratamento de esgoto adequados - a maioria na região de Araçatuba, cidade que é um exemplo de gestão do saneamento básico. Há 12 anos, foi uma das pioneiras na decisão de entregar os serviços de tratamento de esgoto à iniciativa privada. A tecnologia avançada garante eficiência dos processos e a boa administração assegura uma das menores taxas de água e esgoto para a população do município.

Antecipação, colaboração e comprometimento com as futuras gerações deveriam ser características da gestão do saneamento. No entanto, o que se vê na Bacia do Rio Tietê são apenas algumas boas iniciativas isoladas, que, por isso, correm o risco de ser anuladas. Durante quase duas décadas, o governo estadual investiu pesadamente na recuperação do rio na região metropolitana e a segunda maior cidade dela, Guarulhos, só acordou para o seu dever de colaborar há pouco mais de dois anos. A explicação era o fato de Guarulhos ser uma das oito cidades da região que não têm o sistema de coleta e tratamento operado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que é responsável pela execução do Projeto Tietê. Diante da pressão da opinião pública, a prefeitura local conseguiu recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) há dois anos e, finalmente, começou a investir em saneamento. Hoje 35% do esgoto gerado pela população de mais de 1,2 milhão de habitantes está sendo tratado antes do despejo no leito do Tietê.

O alcance do Projeto Tietê é prejudicado pelo pouco-caso da maioria dos prefeitos das cidades que compõem essa bacia. Uma das poucas exceções é Barra Bonita, onde a vida aquática voltou e famílias das redondezas já conseguem novamente sobreviver da pesca.

Estímulos não faltam. Nem para as prefeituras nem para a população, que é em parte responsável pela poluição do rio. O governo estadual vê seu esforço ser comprometido também pela resistência de milhares de donos de imóveis à obrigação de ligar as tubulações domésticas de esgoto à rede pública. O programa "Se liga na Rede", voltado para famílias que ganham até três salários mínimos, custeará 192 mil conexões com resultados diretos para 800 mil pessoas.

O Projeto Tietê não pode continuar praticamente só por conta do governo do Estado. Seu êxito depende da colaboração de todos os seus beneficiários - municípios que integram sua bacia, empresas e população.

Fonte: Estadão.com.br

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Santos é Bicampeã Nacional no Ranking do Saneamento


Indispensável para uma boa qualidade de vida de  moradores e visitantes, o saneamento básico colocou Santos (SP), pela segunda vez, na liderança nacional. Com cobertura de 100% em abastecimento de água e coleta de esgoto, a cidade registra apenas 12,83% de perdas.

A avaliação foi feita pelo Instituto Trata Brasil , que divulgou os 10 melhores no ranking do saneamento, depois de analisar os 100 maiores municípios do País. Constam da lista cinco cidades de São Paulo, duas de Minas Gerais, duas do Paraná e uma do Rio de Janeiro, a seguir: 1º Santos (SP), 2º Maringá (PR), 3º Franca (SP), 4º Uberlândia (MG), 5º Jundiaí (SP), 6º Sorocaba (SP), 7º Limeira (SP), 8º Uberaba (MG), 9º Niterói (RJ), 10º Londrina (PR).

No ano passado, o estudo foi realizado em 81 municípios e Santos também ocupou o primeiro lugar. 'Este ano mudamos a metodologia e a cidade  novamente lidera o ranking, mostrando que se destaca seja qual for o critério de avaliação. Isso é fruto de investimento pelo poder público, pela empresa operadora e pela cobrança da população neste sentido', disse o presidente executivo do Trata Brasil , Édison Carlos.

O estudo baseou-se no nível de cobertura, sua melhora e eficiência, e revela os investimentos e avanços na destinação do esgoto gerado pelos 77 milhões de brasileiros dos 100 municípios focalizados. A base de dados consultada foi extraída do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento), divulgado, anualmente, pelo Ministério das Cidades, e que reúne informações fornecidas pelas empresas prestadoras dos serviços.

Segundo o Trata Brasil , a finalidade do ranking não é apenas mostrar a situação do saneamento básico nas maiores cidades, mas principalmente valorizar os esforços das bem classificadas e incentivar as demais a evoluir, elevando assim a qualidade de vida da população. 'Santos é a cidade que, neste setor, citamos como exemplo para o País', concluiu Édison Carlos.

Saneamento, Saúde e qualidade de vida

A palavra saneamento deriva do verbo sanear, que significa sanar, remediar, restituir ao estado normal, tornar são. O saneamento básico é um conjunto de ações que preservam as condições do meio ambiente em relação ao abastecimento d'água, à coleta e ao tratamento dos esgotos sanitários, ao controle da poluição causada por esses esgotos, à drenagem urbana (águas pluviais) e ao acondicionamento, coleta, transporte e destino final dos resíduos sólidos. Ele objetiva a melhora das condições da saúde pública - com controle e prevenção de doenças - da qualidade de vida da população e produtividade do indivíduo , facilitando a atividade econômica.

Fonte: Trata Brasil

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

25% da Capital não têm rede de esgoto

Número de casas ligadas ao fornecimento de rede de esgoto teve expansão, com variação de 81,1% em dez anos



Serviços públicos, como abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta de resíduos implicam em uma cidade mais saudável e em uma melhor qualidade de vida para a população. Em Fortaleza, no entanto, 24,95% dos domicílios (177.167) não estão cobertos nem pela rede geral de esgotos e nem por fossas sépticas (107.252). Esta última apresenta 15,1% de cobertura.

Pesquisa aponta que a cidade de Fortaleza ainda precisa de avanço para proporcionar melhor qualidade de vida à população, no entanto, mostra crescimento nos dados relacionados ao abastecimento de água e energia FOTO: VIVIANE PINHEIRO

Ainda assim, o número de domicílios ligados ao fornecimento de rede de esgoto apresentou expansão significativa, com variação de 81,1% em uma década. Enquanto no ano 2000 a cobertura contemplava 233.586 domicílios (44,4%), em 2010, era 422.936 (59,6%), de acordo com dados divulgados, ontem, pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), tendo como base o Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2000 e 2010.

Apesar dos avanço, os indicadores mostram que 40% dos domicílios continuam descobertos por um esgotamento sanitário ligado à rede geral ou fluvial. O professor de Gestão Ambiental e Segurança do Trabalho do Instituto Federal do Ceará (IFCE), Gemmelle Oliveira Santos, comenta que a expansão da rede de esgotamento sanitário em Fortaleza ainda é um desafio, e que é preciso eliminar o uso de fossas sépticas e outras opções rudimentares ainda usadas. Em algumas ruas da cidade, destaca o especialista, existe rede de esgotamento sanitário, mas não possui interligação do domicílio a essa rede, já que alguns custos estão envolvidos nesse processo e ficam por conta do residente, o que as vezes é inviável.

Abastecimento

Por outro lado, o abastecimento adequado de água - ligado à rede geral - contempla 662.543 domicílios (93,3%), enquanto, no ano 2000, era 458.819 (87,2%). O índice representa avanço de 44,4% em uma década, ficando com a 9ª maior expansão de domicílios das capitais brasileiras.

A Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) comentou, em nota, que os dados apontam o resultado positivo de investimentos que vêm sendo realizados nos últimos dez anos pelos governos Federal, Estadual e pela Cagece, no setor de saneamento. Segundo o órgão, Fortaleza possui 98,46% de cobertura da rede de água, podendo-se considerar um serviço praticamente universalizado na Capital.

Sobre o acesso dos domicílios à rede de esgoto, a Cagece diz que, nos últimos anos, investimentos foram aplicados na área de esgotamento sanitário através de projetos como o Sanear I e II e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Saneamento, que elevaram a cobertura de esgotamento sanitário na Capital para 53,62%.

Serviço

A meta da Companhia é atingir a universalização do serviço até 2020, através de obras que estão em andamento. A exemplo, cita a do Macrossistema de Esgoto, esgotamento das bacias do Rio Cocó e outras que estão em fase de captação de recursos e elaboração de projetos.

"A Cagece destaca o papel importante do seu trabalho de educação socioambiental, que leva para a população informações sobre a importância da utilização das redes de água e esgoto para a saúde e a preservação dos recursos naturais", diz em nota.

Outro resultado satisfatório que a pesquisa aponta em Fortaleza é o aumento de 35,3% no número de domicílios que tinham energia elétrica na última década, ocupando a 13ª posição no ranking das capitais brasileiras. Fortaleza passa de 523.080 domicílios cobertos (99,4%) em 2000, para 707.938 (99,7%) em 2010, atingindo quase a totalidade dos domicílios abastecidos com energia elétrica.

Analisando os domicílios com coleta de lixo, observa-se que a cidade conseguiu aumentar o número de beneficiados, passando de 500.954, em 2000, para 701.160, em 2010, apresentando o terceiro melhor desempenho entre as grandes capitais, atrás de Manaus e Brasília.

Gemmelle Oliveira avalia que o aumento da cobertura dos serviços públicos de abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta de resíduos deve amenizar a ocorrência de determinadas doenças de veiculação hídrica e relacionadas à sobrevivência de micro e macrovetores, como bactérias, fungos, ratos, baratas e moscas nos resíduos. "Esses três serviços trazem a vantagem de se melhorar a estética e higiene da cidade", frisa.

Fornecimento

93% das residências da cidade possuem abastecimento adequado de água, segundo o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece)

107 mil das casas da Capital não possuem fossas sépticas. Informações do Ipece mostram, ainda, que apenas 15,1% da cidade contam com essas fossas

Fonte: Diário do Nordeste

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Aterro é destino de 90% do lixo reciclável

Todos os dias, 90% do lixo que poderia ser reciclado em São Paulo vai parar em aterros sanitários. No total, são 1.786 toneladas, das 2.000 passíveis de reaproveitamento, que têm como destino final áreas para descarte de lixo comum, segundo dados da Secretaria Municipal de Serviços.


Entre os materiais não reciclados estão garrafas pet, caixas de alumínio e de papel. Eles acabam misturados às 10 mil toneladas de lixo comum produzidas diariamente pelos moradores da capital.

De acordo com a Secretaria de Serviços, a não separação do resíduos pela população é um dos fatores que mais contribui para o baixo percentual de reciclagem.

O diretor-executivo da Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), Carlos Silva Filho, concorda, mas aponta outras duas razões para esse quadro: falta de ações para incentivar o morador a aderir à reciclagem e de um programa de expansão da coleta seletiva.

A prefeitura afirma que realiza ações educativas para incentivar a reciclagem e que o volume de material enviado para centrais de triagem aumentou de 20 toneladas por dia, em 2003, para 214 toneladas neste ano.

No entanto, separar e destinar o resíduo sólido para centrais de triagem não implica diretamente no tratamento desse material.

Em março deste ano, o Metro mostrou que as 21 cooperativas conveniadas com a prefeitura trabalham acima da sua capacidade. Dessa forma, 50% do lixo que seria reciclado nessas centrais acaba nos aterros municipais.

Para tentar minimizar o problema, a secretaria de serviços informa que irá implantar mais quatro centrais de triagem e desapropriar áreas para construção de mais sete. Hoje, a capital conta com 21 pontos de reciclagem de resíduos.

Fonte: Band.com.br

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Prefeitos podem ficar sem recursos para saneamento em 2014


Cidades que não apresentarem projeto ficarão sem repasse de verbas da União
A maior dos prefeitos que serão eleitos este ano correm o risco de ficarem sem recursos para saneamento no meio do seu mandato. A partir de janeiro de 2014, por força da Lei 11.445 de 2007 e do decreto 7.217 de 2010, os municípios deixarão de receber recursos da União para o setor.

Com isso, as cidades que não apresentarem um esboço dos serviços necessários de coleta e tratamento de esgoto, distribuição de água potável e de escoamento pluvial ficarão à míngua.

Ou seja, os eleitos vão ter de correr para elaborar, no início do próximo ano, o Plano Municipal de Saneamento Básico.
Segundo levantamento da Associação Brasileira de Agências de Regulação (ABAR), embora a adesão à nova exigência tenha crescido, em 2012: 42% em relação a 2011, até o fim do primeiro semestre, apenas 11% dos municípios apresentaram os seus planos. Isso representa apenas 592 das cerca de 5.500 cidades existentes no Brasil.

A maioria, 69% dessas localidades, concentra-se nos estados de São Paulo e Santa Catarina. Já os sistemas regulados avançaram 19%, de l.896 cidades para 2.296. Já os órgãos reguladores estão presentes em menos da metade do país: 41,3% dos municípios.

Para o presidente da Abar, José Luiz Lins dos Santos, a regulação dos serviços é essencial para proteger os usuários, porque caberá a esses órgãos avaliar a determinação da tarifa e averiguar os investimentos. Segundo ele, as agências reguladoras estão presentes em 18 estados e no Distrito Federal.

Dizendo esperar que as novas regras venham a trazer melhorias ao setor de saneamento básico, Santos alertou, porém, ser necessário parceria entre os governos federal e municipal: "Se o governo não tiver projetos de ajuda para fazer os planejamentos e impor apenas uma obrigação feroz, os objetivos podem não ser alcançados", advertiu.

Fonte: Monitor Digital

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Tratamento correto do lixo é responsabilidade da prefeitura


Cuidar do lixo é obrigação de todos: o cidadão tem que colaborar e a prefeitura deve fazer o seu papel. Manter as ruas e os canais limpos, recolher o lixo domiciliar, promover a coleta seletiva e destinar o lixo orgânico com restos de alimento para um aterro sanitário são algumas responsabilidades da gestão municipal. Porém, a falta de um local adequado para receber o lixo é um dos problemas mais graves. Segundo o IBGE, 95% dos municípios paraenses despejam os resíduos em lixões, onde não há nenhum tipo de tratamento para evitar a poluição ambiental.

“Você tem lixo entrando em decomposição, você tem chorume, você tem gases, e isso se torna um ambiente extremamente nocivo e poluidor para o solo, para a água subterrânea, para os rios próximos e também para a atmosfera”, explica o engenheiro sanitarista Leonardo Neves.
Uma lei federal determina que até 2014 todos os municípios brasileiros devem acabar com os lixões. Para atingir essa meta, a União só pode liberar recursos para as prefeituras que apresentarem plano de gestão de resíduos sólidos, ou seja, soluções para o tratamento do lixo de forma sustentável. O Ministério do Meio Ambiente já aprovou financiamentos para que 300 municípios do país comecem a elaborar esses planos. Mas, segundo o Ministério, até agora, nenhuma cidade paraense se interessou pelo projeto.
Para Neves, a falta de gerenciamento faz com que a população tenha uma coleta ineficiente, uma ausência de tratamento e consequentemente, uma disposição final do resíduo de maneira inapropriada. ”O panorama é bem feio, e nós precisamos correr atrás do prejuízo para tentar mudar um pouco essa situação tão alarmante dos municípios do Pará”, comenta.
Segundo especialistas, nenhuma cidade do Pará faz coleta seletiva do lixo de forma regular. “O município tem a obrigação de operacionalizar isso e fazer com que aconteça de fato a coleta seletiva. E hoje, se nós tivéssemos a coleta implantada na maioria dos municípios, teríamos 60% menos lixo indo para os lixões”, afirma Patrícia Gonçalves, coordenadora da Organização Não-Governamental “No Olhar”.
No Pará existem 300 cooperativas de catadores, que por conta própria recolhem material reciclável nas portas das casas e nas empresas. De acordo com Jonas da Silva, que coordena um grupo de 30 catadores, as prefeituras não investem em um setor que poderia gerar milhares de empregos, além de outras vantagens. “Tendo coleta seletiva você está economizando os recursos do município que você mora, além de limpar a cidade, evitando que os esgotos transbordem na hora das chuvas”, relata.
Iranilda Góes, coordenadora de uma escola, é adepta da reciclagem, uma prática que deveria ser estimulada pela gestão municipal. “Embalagens que servem para reciclar, eu trago e coloco nos contêineres. O ambiente seria muito melhor se todo mundo agisse assim. O ambiente seria mais limpo e mais saudável”, destaca a coordenadora.
Fonte: G1

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Saneamento Básico, o Site! participa do “Ranking do Saneamento” realizado pelo Instituto Trata Brasil


O Instituto Trata Brasil, realizou nesta quinta-feira (16), às 11 horas, no auditório da FGV Berrini, uma coletiva de imprensa, com a proposta de exibir os maiores avanços e desafios para a universalização do saneamento básico nas 100 maiores cidades do país, e contou com a presença do Saneamento Básico, o Site!.

Publicado desde 2007, o estudo mostra a real situação vivida nas cidades brasileiras em relação ao  saneamento básico, buscando incentivar as empresas a evoluir e valorizar os esforços das melhores colocadas, para que a população tenha melhor qualidade de vida.

O estudo revela o percentual da população brasileira atendida com água tratada e coleta de esgoto, informações importantes sobre  perda de água, investimentos, avanços na cobertura e o que é feito com o esgoto gerado pelos 77 milhões de brasileiros destas cidades.

No Brasil, segundo o SNIS 2010, 81% da população tem acesso à água tratada e 46% que possuem acesso à coleta de esgoto, sendo que  de todo esgoto gerado no país apenas 38% recebe tratamento. A perda média de água no país é de 36%. Pela grande presença da população nas grandes cidades é, portanto, cada vez mais importante evidenciar a situação dos serviços nestes importantes municípios.

Édison Carlos, presidente do Instituto Trata Brasil, analisa os números: “Esse novo levantamento do Trata Brasil e os números gerais do SNIS 2010 evidenciam que o Brasil tem um enorme desafio pela frente até alcançar a universalização do saneamento básico, sobretudo no acesso à água tratada, à coleta e ao tratamento de esgotos. E complementa: “Apesar dos inegáveis avanços, o que deveria ser um direito humano ainda é negligenciado por muitas autoridades, inclusive nas grandes cidades”.

Ranking do Saneamento divulgado pelo Instituto Trata Brasil

Melhores:

1° - Santos – SP
2° - Maringá – PR
3° - Franca – SP
4° - Uberlândia – MG
5° - Jundiaí – SP
6° - Sorocaba – SP
7° - Limeira – SP
8° - Uberaba – MG
9° - Niterói – RJ
10° - Londrina – PR

Piores:

91° - Rio Branco – AC
92° - Gravataí – RS
93° - Várzea Grande – MT
94° - Blumenau – SC
95° - Belém – PA
96° - Santarém – PA
97° - Ananindeua – PA
98° - Jaboatão dos Guararapes – PE
99° - Porto Velho – RO
100° - Macapá - AP

Fonte: Redação Saneamento Básico

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Gestão de resíduos sólidos, questão de cidadania.


Falar em saneamento básico é falar de saúde, respeito ao meio ambiente e qualidade de vida. Além de oferecer à população serviços de abastecimento de água, tratamento de esgotos e limpeza urbana, é fundamental que os municípios tenham um plano sustentável na gestão de resíduos sólidos. No Brasil, a maioria dos municípios não elaborou seu Plano de Gestão de Resíduos Sólidos (apesar de o prazo final de conclusão do projeto ter sido o dia 2 de agosto), quando as cidades precisam deste planejamento para obter recursos federais para limpeza urbana.

A questão é que os municípios, por conta da histórica concentração da União, têm recursos cada vez mais escassos. Em 2011, houve destinação de R$ 42 milhões, dos quais R$ 36 milhões foram utilizados. Neste ano, o governo federal liberou somente os R$ 6 milhões restantes. Para atender às exigências, serão necessários R$ 70 bilhões para transformar os lixões em aterros sanitários até 2014, segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Por outro lado, as prefeituras não possuem condições técnicas para desenvolver estratégias de gestão. Segundo a Federação das Associações dos Municípios do RS, apenas 3% dos municípios dispõem de projetos que cumprem os requisitos exigidos, sendo que somente 10% atingirão a meta. Quase 90% das cidades ignoram, ou não têm, as condições de desenvolver o estudo, tornando difícil resolver a questão, já que a decisão do dilema ficará a cargo da Justiça e dos órgãos de controle.

Cabe ao governo federal lançar um plano nacional de apoio às prefeituras, envolvendo treinamento e assessoramento técnico, Processos de Manifestação de Interesse (PMI's), Parcerias Público-Privadas (PPP's) e concessões que atendam às necessidades de redução da geração de lixo, coleta seletiva e implantação de centrais para receber resíduos. Porto Alegre necessita de tais mudanças, já que quase todo lixo produzido na Capital 'passeia' por mais de 140 km até o município de Minas do Leão. Quem paga conta? A população. Anos eleitorais são momentos em que a comunidade deve pressionar por uma solução séria e viável sobre a questão, a qual se resume em real cidadania.  

Paulo Tergolina - Diretor-geral da Marco Projetos e Construções

Fonte: Trata Brasil.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Maioria da população ainda está alheia à importância do esgoto


Você sabe para onde vai o esgoto que sai da sua residência? De acordo com a pesquisa realizada pelo o Instituto Trata Brasil, cerca de 29% da população não sabe qual o destino e como funciona os serviços de esgotamento sanitário, e cerca de 71% dos entrevistados tem apenas uma vaga ideia da destinação deste.
No Ceará não é diferente. Dados da Cagece apontam que cerca de 30% da população cearense tem acesso à rede de esgoto no estado, mas não a utiliza pelo desconhecimento da importância do sistema de esgotamento para a saúde e meio ambiente, e da obrigatoriedade da realização de um tratamento adequado para seus resíduos produzidos. 
Para se ter uma ideia, apenas após cinco anos, uma rede de esgoto atinge aproximadamente 70% de uso – média esta que demonstra o desconhecimento sobre o assunto. “As pessoas precisam ter em mente que esgotamento sanitário diminui consideravelmente os riscos de doenças como diarreias, hepatites,febres,verminoses, índices de mortalidade infantil, por exemplo. Além disso, os impactos ao meio ambiente são gravíssimos quando o esgoto não é despejado de forma correta, ocasionando poluição do lençol freático, dos mananciais, contaminação do solo, etc”, afirma André Facó, diretor de Operações da Companhia. 
Tratamento - A Companhia de Água e Esgoto do Ceará – Cagece, é uma das poucas empresas no Brasil que tratam 100% de todo o esgoto que é coletado. Isso significa, que antes do esgoto ser lançado de volta ao meio ambiente, ele passa por um tratamento que o coloca dentro de padrões de qualidade exigidos por lei e que garante que este não irá prejudicar a natureza.
A Cagece realiza diversos tipos de tratamento de esgoto, que variam de acordo com a localização geográfica, tipo de resíduo produzido, quantidade e outros fatores. Na Companhia, são utilizadas lagoas de estabilização, reatores anaeróbios, decanto-digestores, e outros meios escolhidos conforme as possibilidades de tratamento.
Em Fortaleza e Região Metropolitana, a maior parte do esgoto é tratado na Estação de Pré-Condicionamento de Esgoto (EPC). Após passar por diversas fases, os resíduos já tratados são lançados a 3,2km do litoral, pelo emissário submarino.
Fonte: Aesbe.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Governo investirá R$ 2,2 bilhões para saneamento de mais de 200 municípios em todo país.


Ações fazem parte do Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do São Francisco.

A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), vai investir R$ 2,2 bilhões em obras de infraestrutura. Ao todo 200 municípios, entre Alagoas, Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí e Sergipe, estão sendo beneficiados com as ações. Para este ano, está previsto investimento de cerca de R$ 274 milhões.

Serão atendidas as zonas urbanas de municípios que pertencem às bacias dos rios São Francisco e Parnaíba, com população de até 50 mil habitantes, em sua maioria, e com prioridade para as localidades situadas na calha do rio São Francisco.

As ações fazem parte do Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do São Francisco, que consiste na recuperação e conservação hidroambiental da bacia, realizado desde 2004. Em 2007, essas atividades de recuperação e conservação foram estendidas à bacia do Rio Parnaíba.

Benefícios

O esgotamento sanitário traz benefícios como a melhoria das condições sanitárias locais, a conservação dos recursos naturais e a eliminação de focos de poluição. Um sistema de esgotamento sanitário, com estações de tratamento, reduz os recursos aplicados no tratamento de doenças, uma vez que grande parte delas está relacionada à falta de uma solução adequada para esse problema.

Esgotamento Sanitário

Os usuários de serviços de água e esgoto têm, desde 2007, uma série de direitos assegurados pela Lei do Saneamento básico. A legislação federal prevê a universalização dos serviços de abastecimento de água e tratamento da rede de esgoto para garantir a saúde dos brasileiros.

Fonte: Brasil.gov.br

terça-feira, 31 de julho de 2012

Resíduos sólidos: quinze anos em cinco.



As prefeituras brasileiras têm de correr contra o tempo para conseguir cumprir a meta da Política Nacional de Resíduos Sólidos que determina que, até 2014, não sejam mais utilizados lixões e aterros sanitários inadequados. Isto porque essas soluções – provisórias e de alto impacto social, econômico e ambiental – ainda recebem a maior parte do lixo produzido em milhares de municípios do país. Atualmente, cerca de 58% do resíduo sólido urbano no Brasil é depositado em locais inadequados. Ou seja, embora os brasileiros gastem aproximadamente R$ 21 bilhões por ano para coleta e destinação do resíduo sólido, os resultados não são nada satisfatórios.

Os lixões são áreas sem qualquer preparo para o acondicionamento dos resíduos. O material fica exposto ao meio ambiente e há risco de contaminação de rios, córregos e lençol freático com o chorume. Já no caso dos aterros precários, as condições de armazenamento são um pouco melhores, mas os riscos são semelhantes. Nas duas situações, em geral há pessoas manuseando o lixo, expondo-se a graves problemas de saúde na busca por materiais recicláveis.

O acompanhamento de alguns projetos de sucesso, como o que vem sendo implantado na região do Vale dos Sinos, no Rio Grande do Sul, mostra a importância de se trabalhar com soluções de gestão de resíduos sólidos específicas para cada caso, pelo menos em termos de organização política. Afinal, não dá para comparar a situação de cidades pequenas, com produção de um volume relativamente baixo de lixo, com a vivida nas grandes capitais brasileiras: estima-se que, só em São Paulo, sejam geradas cerca de dez mil toneladas de resíduos todos os dias.

De qualquer forma, na maioria dos casos a solução envolve a construção de aterros sanitários adequados, com a captação e o tratamento do chorume e do biogás gerados pela decomposição do lixo. Dependendo do porte do aterro, o gás pode ser tratado e vendido como combustível, usado localmente para a produção de energia elétrica ou pelo menos queimado, uma vez que seu principal componente, o metano, tem potencial 21 vezes maior de causar efeito estufa do que o gás carbônico.

Outra possibilidade, viável em cidades maiores, é a adoção de tecnologia de queima dos resíduos. Há desde opções mais simples, como a incineração do lixo, até a combustão em baixa temperatura para produção de gases combustíveis. Entre os subprodutos, energia elétrica e créditos de carbono.

Além disso, é importante levar em conta que cerca de 30% do lixo pode ser reciclado e apenas 60% dos municípios possuem iniciativas de coleta seletiva. Aqui também é necessário identificar a melhor forma para cada caso, podendo envolver cooperativas de catadores, coleta organizada pela própria prefeitura e até concessão de benefícios para cidadãos que entregarem voluntariamente as embalagens para reciclagem em locais determinados. A população também pode ter participação direta em projetos de compostagem de resíduos orgânicos, em particular nas áreas rurais ou municípios com áreas agrícolas significativas.
Todos esses aspectos têm de ser contemplados nos planos de gestão dos resíduos, passando pela não geração ou redução do volume de lixo, reutilização e reciclagem do que for possível, e tratamento e disposição final adequados para os demais materiais.

A complexidade do problema dos resíduos sólidos indica que dificilmente será possível que todas as prefeituras cumpram a legislação no prazo adequado. De qualquer forma, as opções estão dadas e, embora os números ainda sejam desanimadores, é muito satisfatório ver que prefeitos, cidadãos e empresas estão se mobilizando em relação ao tema. Agora é preciso correr contra o atraso: se realmente queremos ser um país sério, nos próximos cinco anos temos que avançar de dez a quinze anos na questão do lixo. A Política Nacional de Resíduos Sólidos é um ótimo guia para tanto. Basta colocá-la em prática.

Fonte: Envolverde.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Tratamento de água: uma solução para o desperdício.



Apesar de ser cada vez maior o número de campanhas de conscientização, uma pesquisa feita pelo Ibope (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística) para o “Programa Água Viva”, parceria entre o WWF-Brasil e o HSBC, que ouviu 2002 pessoas em 26 estados do país, mostrou que 48% da população brasileira afirma consumir água com baixa preocupação.

Os dados divulgados este ano também mostram que 30% demoram mais de 10 minutos no banho e 29% dos domicílios do Nordeste enfrentam constante falta de água. Nos últimos anos, o que se tem discutido é a possibilidade de contermos os gastos desnecessários e, ainda, garantirmos uma vida de qualidade.

Para isso, governos de diversas regiões do Brasil e empresas privadas estão investindo constantemente no uso de sistemas que promovem o tratamento da água e de seus efluentes. Hoje, já existem no mercado soluções capazes de atender às necessidades especificas de diferentes indústrias, como a das fabricantes de bebidas, por exemplo, cujo mercado já conta com o apoio de tecnologias que garantem a eficiência do produto final e o melhor aproveitamento dos recursos hídricos durante os processos realizados na planta.

Atenção com os nossos hábitos

Quando falamos em tratamento, não podemos deixar de pensar no saneamento. É preciso levar em consideração as condições da água oferecida à população, pois o que provém de mananciais, fontes subterrâneas ou superficiais, não atende às normas de controle estabelecidas por órgãos como a Secretaria de Vigilância em Saúde, subordinada ao Ministério da Saúde, e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

O descarte inadequado de resíduos industriais e a falta de tratamento do esgoto doméstico interferem diretamente na qualidade da água dos rios, lagos, represas e lençóis freáticos. Em outras palavras, estamos olhando para um fenômeno sistêmico, em que os efeitos gerados por atos isolados, de indivíduos e organizações, acabam se somando para gerar danos que, muitas vezes, podem ser irreversíveis.

Após uma série de investimentos em pesquisa e desenvolvimento, foi criado um sistema capaz de gerar dióxido de cloro, grande aliado quando se pensa na obtenção de água potável. Patenteada localmente, a tecnologia é 100% nacional e oferece uma série de benefícios, como praticidade na hora da manutenção e custo acessível.

O dióxido de cloro pode operar em diferentes faixas de PH (entre 3 e 10) e, ainda, reage rapidamente com os microorganismos. O desperdício doméstico também é um grande obstáculo a ser vencido, pois um banho de 10 minutos, por exemplo, gasta em média 100 litros de água. Isso equivale, aproximadamente, à quantidade que um adulto deve ingerir num período de 50 dias.

O mesmo levantamento feito pelo Ibope apontou que 68% das pessoas enxergam a questão como a principal causa para o problema de abastecimento no futuro. Ou seja, muitos se preocupam com o tema, mas poucos colocam em prática novos hábitos, como fechar a torneira enquanto escovam os dentes ou evitar lavar calçadas com mangueiras.

Para alcançarmos resultados cada vez melhores, além do desenvolvimento tecnológico, o trabalho de conscientização deve ser intensificado. Para se ter uma ideia da lacuna que deve ser preenchida, foi constatado que 87% dos entrevistados não conhecem a Agência Nacional de Águas (ANA), órgão regulador criado pelo governo federal em 2000. Sociedade civil, iniciativa privada e governo devem se unir, deixando claro o papel de cada um na busca por uma vida de qualidade e harmonia com o mundo natural.

Jefferson Texeira é gerente Comercial da Beraca, empresa brasileira que mais investe em tecnologias sustentáveis para o tratamento de água.

Fonte: O Debate.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Sabesp investe R$ 17 milhões na nova ETE de Itupeva.


O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos e a Sabesp, inaugurou nesta quinta-feira, 5 de julho, a Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) Nica Preta, em Itupeva. O evento aconteceu às 14h30 na ETE e contou com a presença do secretário de Saneamento e Recursos Hídricos, Edson Giriboni; do diretor de Sistemas Regionais da Companhia, Luiz Paulo de Almeida Neto; do superintendente da Sabesp na região, Antonio Carlos Teixeira, e do prefeito de Itupeva, Ocimar Poli, entre outras autoridades.

As obras da ETE tiveram início em 2009 e investimentos de mais de R$ 17 milhões que contemplam, também, a implantação de Estação Elevatória de Esgotos e todo o sistema que coleta o esgoto dos imóveis para o tratamento
.
O sistema entrou em pré-operação na última semana e, com isso, o índice de tratamento dos esgotos coletados passou de 13% para 43%, beneficiando 16,5 mil pessoas no município.
O diretor da Sabesp, Luiz Paulo, destacou que a região de Jundiaí é uma das que mais crescem no Estado e, por apresentar baixa disponibilidade hídrica, requer prioridade no tratamento do esgoto e combate a perdas de água. A bacia hidrográfica em que Itupeva está inserida é considerada a mais crítica do Estado de São Paulo, com disponibilidade hídrica de apenas 104 m³/hab/ano, enquanto a ONU considera ideal 1,5 mil m³/hab/ano.

Para o prefeito Ocimar Poli, a atuação da Sabesp em Itupeva trouxe grandes benefícios para a população. Ele destacou, além da ETE, melhorias no abastecimento de água com a ampliação da Estação de Tratamento de Água.

Até o final deste ano, a Sabesp pretende atingir a marca de 100% de tratamento dos esgotos coletados na cidade. Com vistas à universalização dos índices de atendimento até 2014, a Companhia transformará Itupeva em um município 300%, com 100% de água tratada, 100% de coleta de esgotos e 100% de tratamento dos resíduos coletados.

O funcionamento desta Estação de Tratamento de Esgotos contribuirá diretamente com o desenvolvimento da cidade, beneficiando 33 mil pessoas, e com a despoluição da bacia do rio Jundiaí e, consequentemente, do rio Tietê.

Fonte: Sabesp

terça-feira, 3 de julho de 2012

Catadores de lixo ajudam a frear poluição no Brasil.

Com o objetivo de contribuir para a conservação do meio ambiente e melhorar a qualidade da água, um programa social promove a reciclagem dos resíduos urbanos e combate as difíceis condições de vida dos catadores de lixo no sul do Brasil.
Batizado de "Coleta Solidária", o projeto inscreve-se dentro de um ambicioso programa que há nove anos executa a hidrelétrica de Itaipu com a meta de diminuir o impacto nocivo do ser humano na bacia do Rio Paraná, fronteira natural entre Paraguai e Brasil.
A iniciativa tem a função de afastar da exclusão social um coletivo que vive no limite da marginalidade e também contribuir para a reciclagem dos resíduos urbanos a fim de evitar que substâncias poluentes vazem para a água que constitui a fonte energética da represa de Itaipu.
O assessor de energias renováveis de Itaipu, Cícero Jayme Bley, explicou à Agência Efe que o fenômeno da mudança climática afeta o ciclo das águas, pelo que a hidrelétrica "entrou no jogo" de potenciar as energias renováveis e a sustentabilidade por "sobrevivência e por solidariedade".
O projeto, que atualmente beneficia cerca de 2.500 pessoas, prevê a organização dos catadores sob a fórmula de associações ou cooperativas para ganhar mais força como grêmio e obter melhores condições de trabalho.
Uma das ideias do projeto é construir espaços com balanças, prensas e maquinaria para separar o lixo e transportá-lo.
Além disso, a iniciativa entrega uniformes de trabalho e carros para que os catadores recolham o lixo, promovendo também cursos de formação.
Uma destas unidades se encontra no município de São Miguel de Iguaçu, no Paraná, onde 34 catadores, com predomínio de mulheres, acodem diariamente com o lixo para reciclagem.
O presidente dessa cooperativa, José Feijoo, disse à Efe que nesse armazém se processa diariamente pouco mais de uma tonelada de lixo, e precisou que desde que foram organizados como grupo as coisas "melhoraram", tanto pelos lucros que recebem, como pelas condições nas quais desenvolvem seu trabalho.
No armazém, onde está presente a pestilenta mistura de cheiros procedentes dos resíduos processados, os trabalhadores aguardam a chegada dos caminhões. Depois do descarregamento começa o trabalho de classificação de embalagens por sacas, para então fazer a compactação na prensa e vender os resíduos.
Mas as queixas também são comuns entre os membros da cooperativa, que pedem aos responsáveis pelo programa mais equipamentos de trabalho e melhores salários.
Nelton Miguel Friedrich, diretor de coordenação do programa "Cultivando Água Boa", no qual está integrado o projeto de reciclagem, demonstra entusiasmo com as diferentes iniciativas realizadas pela hidrelétrica, que tem capacidade instalada de 14 mil megawatts e gera 20% de toda a energia consumida no Brasil.
Segundo o especialista, que recentemente apresentou o programa na Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), desde 2003 a política da hidrelétrica deu um guinada para compreender pela primeira vez a responsabilidade social e se tornar "uma empresa cidadã".
Fonte: Terra.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Universalização da água: mais de R$ 12 milhões em água tratada.


São R$ 12.948.265,24 de investimentos que irão possibilitar água tratada em mais de 30 bairros, com uma rede de distribuição de 125.502 mil metros que possibilitará a realização de 3.781 ligações, beneficiando diretamente aproximadamente 20 mil pessoas, com a perfuração de cinco poços profundos.

De acordo com o diretor do Sistema Autônomo de Água e Esgoto (SAAES), Juventino Silva, “Esse é um dia muito importante para a área de saneamento, que demonstra a união de esforços e a vontade política do prefeito Juarez Costa de proporcionar qualidade de vida a todos”. Para o presidente do Residencial Brasília, Fúlvio Destefani, “A obra é de fundamental importância para os moradores do bairro”.

O prefeito Juarez Costa pontuou o crescimento de Sinop e a necessidade de ampliação do sistema. “São 11 reservatórios que serão construídos. Juntamente com a obra do esgoto, são mais de R$ 66 milhões de investimentos em saneamento básico e água tratada. No Residencial Brasília em especifico vamos ter um grande crescimento também. Estamos trabalhando para asfaltar toda a avenida Maringá, já está sendo lançada a segunda etapa da Cidade Jardim e em frente será o Jardim Iporã, então estamos diante de um conglomerado em crescimento”, destacou.

O projeto de universalização da água prevê a construção de três reservatórios de dois milhões de litros de água, sendo um na área central e os outros dois na abrangência dos sistemas Florença e da área da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT); cinco de um milhão de litros nos bairros Boa Esperança,Camping Club, Umuarama 2, Sistema Santa Carmem e Sistema Aeroporto. Também serão construídos dois reservatórios de 300 mil litros no Alto da Glória e no Residencial Gente Feliz, já o Jardim América receberá um reservatório de 200 mil litros.

Serão atendidos com os bairros: Alto da Glória, Jardim América, Chácaras São Cristóvão, Comunidade Vitória, Setor Industrial, Residenciais São Francisco, Flamboyans, Bom Jardim, Brasília, Gente Feliz, Florais da Amazônia, Betel, Campo Verde, Camping Club, Palmeiras, Umuarama 2, Jacarandás, Florença, Aquarela Brasil, Mondrian, Itália I e II, Nações, Nossa Senhora Aparecida, Maringá I e II, Paraíso I, II e III, Bella Suíça, a área central e os bairros do grande Boa Esperança. De acordo com o projeto, o prazo de execução das obras é de 12 meses.

Fonte: Expresso MT.