Por: 180graus / Zózimo Tavares
O projeto de subdelegação parcial dos serviços de água e esgoto
sanitário de Teresina, lançado pela Agespisa, é o assunto do dia. E não
poderia ser diferente. A empresa enfrenta o seu momento mais crítico, do
ponto de vista técnico, operacional e financeiro, e o abastecimento de
água da cidade vive um caos.
A dívida da Agespisa é de R$ 1 bilhão. Não custa lembrar que ela foi zerada há menos de 20 anos. Mas a empresa de há muito é deficitária, opera no vermelho. Hoje tem uma receita mensal de R$ 27 milhões e uma despesa de R$ 28 milhões. O rombo nas finanças aumenta a cada mês, enquanto as demandas se multiplicam e se avolumam, por falta de investimentos.
Em outubro passado, a Estação de Tratamento de Água, construída há mais de 30 anos, entrou em colapso. Duas vezes. Toda a cidade ficou sem água. Isso aconteceu porque, ao longo de mais de três décadas, a ETA não recebeu nem a manutenção nem os investimentos necessários. E carga sobre ela não parou de crescer.
Assim também ocorreu com o resto do sistema, hoje completamente sucateado. Em função disso, as perdas de água tratada em Teresina chegam a 60%. A rede de distribuição de água da capital é quase uma peneira. Os vazamentos são frequentes, em vários pontos, com grande desperdício. A Agespisa produz 235 milhões de litros de água por dia. Mais da metade saem pelo ralo. Isto é, pelos canos corroídos e desgastados pelo tempo.
Diante desse quadro caótico, de sua dívida astronômica e de sua incapacidade de endividamento, a Agespisa lançou o plano de sublocação de seus serviços em 30% da cidade. É a saída que se apresenta. Ela já deu certo em várias outras cidades. As reações começam a surgir, da parte de órgãos de controle, de sindicatos e de políticos.
É salutar que isso aconteça, para que a sublocação, se vier a se concretizar, ocorra dentro do processo de legalidade, economicidade e transparência que a lei exige. E que ela venha, ao final, atender efetivamente às necessidades da população, que são urgentes.
Não custa lembrar, porém, que a crise na Agespisa não começou ontem. Ela vem de longe. Os que hoje combatem o novo plano de gestão da empresa viram a empresa afundar, ao longo do tempo, e pouco ou nada fizeram para, ao menos, alertar sobre a gravidade do problema. Em sua maioria, fizeram vistas grossas porque, de alguma forma, estavam tirando proveito da situação.
Veja Mais: http://180graus.com/zozimo-tavares/a-crise-na-agespisa-vem-de-longe-mas-ninguem-viu-577454.html

A dívida da Agespisa é de R$ 1 bilhão. Não custa lembrar que ela foi zerada há menos de 20 anos. Mas a empresa de há muito é deficitária, opera no vermelho. Hoje tem uma receita mensal de R$ 27 milhões e uma despesa de R$ 28 milhões. O rombo nas finanças aumenta a cada mês, enquanto as demandas se multiplicam e se avolumam, por falta de investimentos.
Em outubro passado, a Estação de Tratamento de Água, construída há mais de 30 anos, entrou em colapso. Duas vezes. Toda a cidade ficou sem água. Isso aconteceu porque, ao longo de mais de três décadas, a ETA não recebeu nem a manutenção nem os investimentos necessários. E carga sobre ela não parou de crescer.
Assim também ocorreu com o resto do sistema, hoje completamente sucateado. Em função disso, as perdas de água tratada em Teresina chegam a 60%. A rede de distribuição de água da capital é quase uma peneira. Os vazamentos são frequentes, em vários pontos, com grande desperdício. A Agespisa produz 235 milhões de litros de água por dia. Mais da metade saem pelo ralo. Isto é, pelos canos corroídos e desgastados pelo tempo.
Diante desse quadro caótico, de sua dívida astronômica e de sua incapacidade de endividamento, a Agespisa lançou o plano de sublocação de seus serviços em 30% da cidade. É a saída que se apresenta. Ela já deu certo em várias outras cidades. As reações começam a surgir, da parte de órgãos de controle, de sindicatos e de políticos.
É salutar que isso aconteça, para que a sublocação, se vier a se concretizar, ocorra dentro do processo de legalidade, economicidade e transparência que a lei exige. E que ela venha, ao final, atender efetivamente às necessidades da população, que são urgentes.
Não custa lembrar, porém, que a crise na Agespisa não começou ontem. Ela vem de longe. Os que hoje combatem o novo plano de gestão da empresa viram a empresa afundar, ao longo do tempo, e pouco ou nada fizeram para, ao menos, alertar sobre a gravidade do problema. Em sua maioria, fizeram vistas grossas porque, de alguma forma, estavam tirando proveito da situação.
Veja Mais: http://180graus.com/zozimo-tavares/a-crise-na-agespisa-vem-de-longe-mas-ninguem-viu-577454.html
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