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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Importância da Água Tratada

Quando abrimos uma torneira em Juiz de Fora, estamos recebendo água que foi retirada da natureza, tratada e transportada até as casas, escolas, indústrias, hospitais, creches, etc.

Somente depois de tratada a água pode ser distribuída para ser consumida pelo Homem.

Portanto águas de minas, poços e nascentes são contaminadas em sua maioria (principalmente em centros urbanos), ou seja, Impróprias para o Consumo Humano devido à existência de contaminação por produtos químicos, esgotos domésticos, lixo, etc, que penetram no solo por infiltração de chuvas ou até mesmo pelo rompimento de redes de esgotos em centros urbanos, trazendo a contaminação de águas subterrâneas e também funcionando como veiculação hídrica de vários agentes patológicos, muito comuns em países em desenvolvimento como o Brasil.

Segundo informações atualizadas do Banco Mundial, 10 milhões de mortes anuais no mundo estão associadas a doenças causadas pelo uso da Água Imprópria para o Consumo Humano. Para cada R$1,00 investido em saneamento básico, é economizado R$4,00 em Postos de Saúde com doenças ocasionadas pela falta de saneamento.

As principais doenças veiculadas pela água são causadas por: VÍRUS (ex: poliomielite, hepatite infecciosa), BACTÉRIAS (ex: febre tifóide, desinteria bacilar, leptospirose, cólera, gastroenterites), PROTOZOÁRIOS (ex: desinteria amebiana, giardíase) e por HELMINTOS OU VERMES (esquistossomose, ancilostomose e ascaridíase).

A distribuição de água tratada, além de lavarmos a nossa caixa d’água de 6 em 6 meses, traz como resultado a melhoria na saúde e nas condições de vida de uma comunidade.



Pra evitar problemas de contaminação de minas, poços e nascentes, devemos:
* Não fazer necessidades próximas a fontes, ou mesmo distante onde a chuva poderá infiltrar os organismos que provocam doenças;
* Quando não houver sistema de esgoto, providenciar a construção de fossas em locais livres de enchentes, no mínimo a 15 metros do vaso sanitário e da fonte de água, em um nível mais baixo para evitar contaminação;
* Mantenha a casinha da fossa sempre limpa e fechada, jogue cal ou cinza para tirar o mau cheiro e evitar insetos;
* Não jogar ou deixar o lixo em qualquer lugar, pois é um foco de doenças, pode atrair ratos e insetos, e facilita a ocorrência de enchentes além de sujar as águas que irão infiltrar no solo.

"Quem tem água tratada, deve sempre utilizá-la em vez de utilizar água de poços e minas".

Nas regiões onde não existe água tratada alguns cuidados são necessários:
* Ferva a água durante 2 minutos e depois de fria agite-a bem;
* Adicione, para cada litro de água 3 gotas de hipoclorito de sódio (água sanitária), misture bem, espere por 30 minutos para usá-la. OBS: se a água estiver turva, filtre-a antes de clorar.

Se você possui uma mina ou poço em casa utilize esta água apenas para:

* Lavar o quintal ou varanda;
* Lavar automóveis e bicicletas;
* Lavar calçadas;
* Regar jardins e plantas não comestíveis pelo Homem.

95% DAS MINAS DE JUIZ DE FORA ESTÃO CONTAMINADAS, POR ISSO NÃO SE PODE UTILIZÁ-LAS.

Fonte:  Cesama

Veja mais: http://www.cesama.com.br/?pagina=tratada

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Parque em aterro exige análise detalhada de contaminação

Pesquisa da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP aponta que o projeto de implantação de parques públicos em áreas que abrigavam lixões ou aterros controlados deve ser feito somente após uma investigação detalhada dos riscos de contaminação. A geóloga Luzia Helena Barros analisou a criação de dois parques na cidade de São Paulo e verificou as mudanças na legislação e no controle do poder público para evitar que os frequentadores sejam afetados pelos resíduos existentes nos antigos aterros.

Os parques analisados foram o Raposo Tavares (zona oeste), implantado em 1981, com 195 mil metros quadrados de área, e o Parque Jardim Primavera, na Vila Jacuí (zona leste), com 122 mil metros quadrados (m2), atualmente em fase final de instalação. “Na época da implantação do Parque Raposo Tavares não havia legislação que exigisse a investigação sobre níveis de contaminação”, aponta Luzia. “A própria criação oficial do parque acontece apenas em 2008, com o decreto municipal 50.289”.

As análises envolvem investigação do subsolo e das águas subterrâneas e de córregos próximos, para verificar índices de contaminação. Também é feita a medição de gases, em especial da disponibilidade e da emissão de metano, formado a partir da degradação do lixo. “Se o gás estiver no solo ele pode migrar e na presença de uma fonte de ignição, pode explodir”, observa a geóloga.

No caso do Parque Raposo Tavares, uma reforma foi realizada em 2005, para abrir caminhos para os frequentadores, colocar pisos drenantes e mais equipamentos de lazer. “No entanto, até hoje não foi feita nenhuma medição da contaminação, apesar do potencial de risco ser conhecido pela administração do parque”, afirma Luzia. “A própria remoção de material superficial pode expor resíduoacumulados no solo e há necessidade de drenagem específica para remover o chorume, líquido oriundo do lixo degradado”.

Controle

A exigência de investigações ambientais em áreas degradadas surgiria apenas em 2002, com o decreto municipal 42.319, que criou o Cadastro de Áreas Contaminadas e Suspeitas de Contaminação. “Foi criado um grupo específico dentro da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente (SVMA), o Grupo Técnico Permanente de Áreas Contaminadas (GTAC), para estabelecer procedimentos de prevenção e controle”, conta a geóloga. “A lei municipal 13.564, de 2003, incluiu as áreas potencialmente contaminadas no cadastro e criou a exigência de Laudo Técnico de Avaliação de Risco para empreendimentos em áreas com possível contaminação”.

Antes da elaboração do projeto do Parque Jardim Primavera, criado pela lei 13.308 em 2002 e implantado sobre o antigo aterro Jacuí, o GTAC, vinculado ao Departamento de Controle da Qualidade Ambiental da SVMA, realizou a avaliação confirmatória e de risco à saúde humana.“Os resultados foram encaminhados para o Departamento de Parques e Áreas Verdes (Depave), responsável pelo projeto do parque”, conta Luzia. “Devido a identificação de contaminação em algumas regiões do aterro e de metano na massa de resíduos foi necessário fazer um zoneamento para evitar escavações que pudessem expor detritos e delimitar áreas a serem recobertas com solo argiloso e gramíneas ou isoladas”.

A investigação também serviu de subsídio para o arquiteto que projetou o parque para planejar revestimentos nos caminhos que dificultassem a exposição superficial do lixo degradado. “A administração municipal decidiu implantar o parque em duas etapas, iniciando-a pelo trecho onde não houve disposição de resíduos”, relata a geóloga. “Entretanto, as escavações revelaram indícios de contaminação, obrigando a paralisação da obra e a realização de análises mais detalhadas, que demandaram alterações no projeto”.

As obras recomeçaram no final de 2010 e a primeira etapa foi concluída, mas a implantação da segunda fase foi embargada pelo Ministério Público em março deste ano, devido a não instalação de sistema de extração de gases. Não há previsão para retomada das obras e a inauguração do parque.

De acordo com Luzia, o uso de antigos aterros para criar parques visa oferecer a população mais áreas verdes e de lazer, especialmente na periferia. “Mas como são locais degradados, em que houve despejo indiscriminado de lixo, é necessário controle para evitar contaminação”, destaca. “As investigações devem atingir o maior detalhamento possível e a implantação também pode servir de laboratório para identificar espécies vegetais mais adequadas para a cobertura do solo”.

Fonte: Exame

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Maioria da população ainda está alheia à importância do esgoto


Você sabe para onde vai o esgoto que sai da sua residência? De acordo com a pesquisa realizada pelo o Instituto Trata Brasil, cerca de 29% da população não sabe qual o destino e como funciona os serviços de esgotamento sanitário, e cerca de 71% dos entrevistados tem apenas uma vaga ideia da destinação deste.
No Ceará não é diferente. Dados da Cagece apontam que cerca de 30% da população cearense tem acesso à rede de esgoto no estado, mas não a utiliza pelo desconhecimento da importância do sistema de esgotamento para a saúde e meio ambiente, e da obrigatoriedade da realização de um tratamento adequado para seus resíduos produzidos. 
Para se ter uma ideia, apenas após cinco anos, uma rede de esgoto atinge aproximadamente 70% de uso – média esta que demonstra o desconhecimento sobre o assunto. “As pessoas precisam ter em mente que esgotamento sanitário diminui consideravelmente os riscos de doenças como diarreias, hepatites,febres,verminoses, índices de mortalidade infantil, por exemplo. Além disso, os impactos ao meio ambiente são gravíssimos quando o esgoto não é despejado de forma correta, ocasionando poluição do lençol freático, dos mananciais, contaminação do solo, etc”, afirma André Facó, diretor de Operações da Companhia. 
Tratamento - A Companhia de Água e Esgoto do Ceará – Cagece, é uma das poucas empresas no Brasil que tratam 100% de todo o esgoto que é coletado. Isso significa, que antes do esgoto ser lançado de volta ao meio ambiente, ele passa por um tratamento que o coloca dentro de padrões de qualidade exigidos por lei e que garante que este não irá prejudicar a natureza.
A Cagece realiza diversos tipos de tratamento de esgoto, que variam de acordo com a localização geográfica, tipo de resíduo produzido, quantidade e outros fatores. Na Companhia, são utilizadas lagoas de estabilização, reatores anaeróbios, decanto-digestores, e outros meios escolhidos conforme as possibilidades de tratamento.
Em Fortaleza e Região Metropolitana, a maior parte do esgoto é tratado na Estação de Pré-Condicionamento de Esgoto (EPC). Após passar por diversas fases, os resíduos já tratados são lançados a 3,2km do litoral, pelo emissário submarino.
Fonte: Aesbe.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Resíduos sólidos: quinze anos em cinco.



As prefeituras brasileiras têm de correr contra o tempo para conseguir cumprir a meta da Política Nacional de Resíduos Sólidos que determina que, até 2014, não sejam mais utilizados lixões e aterros sanitários inadequados. Isto porque essas soluções – provisórias e de alto impacto social, econômico e ambiental – ainda recebem a maior parte do lixo produzido em milhares de municípios do país. Atualmente, cerca de 58% do resíduo sólido urbano no Brasil é depositado em locais inadequados. Ou seja, embora os brasileiros gastem aproximadamente R$ 21 bilhões por ano para coleta e destinação do resíduo sólido, os resultados não são nada satisfatórios.

Os lixões são áreas sem qualquer preparo para o acondicionamento dos resíduos. O material fica exposto ao meio ambiente e há risco de contaminação de rios, córregos e lençol freático com o chorume. Já no caso dos aterros precários, as condições de armazenamento são um pouco melhores, mas os riscos são semelhantes. Nas duas situações, em geral há pessoas manuseando o lixo, expondo-se a graves problemas de saúde na busca por materiais recicláveis.

O acompanhamento de alguns projetos de sucesso, como o que vem sendo implantado na região do Vale dos Sinos, no Rio Grande do Sul, mostra a importância de se trabalhar com soluções de gestão de resíduos sólidos específicas para cada caso, pelo menos em termos de organização política. Afinal, não dá para comparar a situação de cidades pequenas, com produção de um volume relativamente baixo de lixo, com a vivida nas grandes capitais brasileiras: estima-se que, só em São Paulo, sejam geradas cerca de dez mil toneladas de resíduos todos os dias.

De qualquer forma, na maioria dos casos a solução envolve a construção de aterros sanitários adequados, com a captação e o tratamento do chorume e do biogás gerados pela decomposição do lixo. Dependendo do porte do aterro, o gás pode ser tratado e vendido como combustível, usado localmente para a produção de energia elétrica ou pelo menos queimado, uma vez que seu principal componente, o metano, tem potencial 21 vezes maior de causar efeito estufa do que o gás carbônico.

Outra possibilidade, viável em cidades maiores, é a adoção de tecnologia de queima dos resíduos. Há desde opções mais simples, como a incineração do lixo, até a combustão em baixa temperatura para produção de gases combustíveis. Entre os subprodutos, energia elétrica e créditos de carbono.

Além disso, é importante levar em conta que cerca de 30% do lixo pode ser reciclado e apenas 60% dos municípios possuem iniciativas de coleta seletiva. Aqui também é necessário identificar a melhor forma para cada caso, podendo envolver cooperativas de catadores, coleta organizada pela própria prefeitura e até concessão de benefícios para cidadãos que entregarem voluntariamente as embalagens para reciclagem em locais determinados. A população também pode ter participação direta em projetos de compostagem de resíduos orgânicos, em particular nas áreas rurais ou municípios com áreas agrícolas significativas.
Todos esses aspectos têm de ser contemplados nos planos de gestão dos resíduos, passando pela não geração ou redução do volume de lixo, reutilização e reciclagem do que for possível, e tratamento e disposição final adequados para os demais materiais.

A complexidade do problema dos resíduos sólidos indica que dificilmente será possível que todas as prefeituras cumpram a legislação no prazo adequado. De qualquer forma, as opções estão dadas e, embora os números ainda sejam desanimadores, é muito satisfatório ver que prefeitos, cidadãos e empresas estão se mobilizando em relação ao tema. Agora é preciso correr contra o atraso: se realmente queremos ser um país sério, nos próximos cinco anos temos que avançar de dez a quinze anos na questão do lixo. A Política Nacional de Resíduos Sólidos é um ótimo guia para tanto. Basta colocá-la em prática.

Fonte: Envolverde.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Agrotóxicos contaminam água, solo e ar do Rio.


O solo, a água e até o ar de cidades do Estado do Rio estão contaminados com ingredientes ativos usados nas fórmulas de agrotóxicos. O GLOBO teve acesso a pesquisas científicas mostrando que a presença de substâncias de agroquímicos põe em risco regiões agrícolas, como Paty do Alferes, no Centro-Sul do estado, Campos, no Norte, e até áreas de importância ecológica, como a Serra dos Órgãos, onde está o Parque Nacional da Serra dos Órgãos. A terceira reportagem da série “Veneno em doses diárias” mostra que o meio ambiente do estado já sofre o impacto do uso indiscriminado dessas substâncias. No domingo, um levantamento do jornal revelou que os índices de suicídios e mortes por câncer são mais altos nas regiões Centro-Sul, Serrana e Noroeste Fluminense.
Apresentada no ano passado no Instituto Carlos Chagas, da UFRJ, uma tese de doutorado revelou altas concentrações de endossulfan — substância usada em agrotóxicos — no Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Realizadas em até mais de dois mil metros de altura, entre 2007 e 2008, as medições constataram taxas que variavam de 50 a 5,5 mil picogramas por metro cúbico na atmosfera, até cinco vezes mais do que medições feitas em pesquisas semelhantes na Bolívia, superando também índices da Europa e dos EUA. Na ocasião, foi constatada situação igualmente grave no Parque Nacional São Joaquim, em Santa Catarina.

— Esse tipo de poluição pode ser apenas a ponta de um iceberg. Precisamos avançar mais com as pesquisas para saber, por exemplo, de onde vem esse poluente. Uma das hipóteses é que parte possa estar vindo da Região Sul do país, trazida pelas correntes de ar. Outra parte pode ter origem no uso intensivo em lavoura próximo à Serra dos Órgãos. O mais importante é saber que esses produtos são persistentes e contaminam o ar no local onde ele é aplicado e em áreas distantes — explica o biólogo e autor da tese, Rodrigo Meire, que fez a pesquisa em parceria com o Instituto Environment Canada e a Universidade Tecnológia do Paraná.

O endossulfan foi proibido no Rio depois da pesquisa e de um desastre, em 2008, em que oito mil litros da substância vazaram do depósito de uma empresa em Resende nos rios Pirapitinga e Paraíba do Sul. Banido em 44 países, o produto também já foi proibido no Brasil. No entanto, o estoque ainda existente no país pode ser vendido até 2013.

O médico epidemiologista Sérgio Koifman, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública e Meio Ambiente da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, explica que o endossulfan é um organoclorado que tem efeitos graves na saúde humana.

— É um tema seriíssimo. Todos os organoclorados têm uma estrutura química parecida com a de alguns hormônios humanos. A exposição a eles pode enganar o organismo, passando a mensagem de que há um “hormônio” atuando, quando na verdade não há. Isso pode provocar sérias modificações no sistema reprodutivo, na tireoide, nas glândulas em geral. Todo o sistema hormonal pode ser afetado — explica Koifman, observando que, na Dinamarca, estudos indicam que a exposição a algumas substâncias químicas já afetou consideravelmente o sistema reprodutivo da população masculina e antecipou em um ano o período de puberdade em mulheres. — A questão é que todos esses pesticidas podem causar uma gama de efeitos nocivos à saúde, de malformações congênitas a cânceres.

Em 2003, o professor e pesquisador Marcelo da Motta Veiga, do Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, que há anos estuda o assunto, analisou os riscos de contaminação, por agrotóxicos, da água de rios e poços usada pela população da região onde se planta tomate em Paty do Alferes. Foram recolhidas cinco amostras, num total de 135, em 27 pontos de coleta selecionados. Desse total, apenas oito não apresentaram contaminação detectável. Duas amostras tinham contaminações que ultrapassavam o permitido pela legislação.
— É um problema real. Os índices, embora apenas dois estivessem acima do determinado pela legislação, são elevados. Nesses lugares, a população é pobre, trabalha muito e às vezes vive num lugar horrível. Eles usam muito mais agrotóxicos do que deveriam e de forma errada — observa.

Poços impróprios para consumo
Já pesquisadores da Universidade Estadual do Norte Fluminense constataram a contaminação de corpos aquáticos superficiais num assentamento de agricultores. O foco do estudo foi uma área de agricultura familiar com cultivo de abacaxi, cana-de-açúcar, maracujá e mandioca, onde são utilizados vários tipos de agrotóxicos.

— A pesquisa ainda está em andamento, mas a gente já detectou contaminação num assentamento onde a maior parte da plantação é de abacaxis — afirmou Maria Cristina Canela, doutora em química e coordenadora da pesquisa.

Foram analisadas amostras de poços rasos no entorno das residências, utilizados como fonte de água potável, para serviços domésticos e irrigação. Na maioria das amostras, havia o composto paration metílico, organofosforado proibido na maior parte dos países da Europa. Mesmo que os níveis encontrados em boa parte dos poços estivessem dentro dos limites fixados pelo Conama, a conclusão é que alguns poços estavam impróprios para o consumo.

O engenheiro agrônomo Márcio Fernandes da Silva diz que falta orientação ao pequeno agricultor:
— Ele compra o produto em qualquer loja. Na maior parte das vezes, é orientado pelo balconista. A maioria dos produtores tem pouca instrução e dificuldade de entender o que está nas embalagens. Como não acredita que a dosagem seja suficiente para matar as pragas, ele aumenta por conta própria o volume de veneno. Esse excesso contamina o solo e escorre para os cursos d’água, que ele e o vizinho usam.

Fonte: O Globo.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

30% das cidades ainda não coletam todo esgoto produzido.


Em pleno século 21, 30% dos municípios da região de Araçatuba ainda não coletam todo o esgoto gerado. Outros 12% fazem a coleta, mas não realizam o tratamento de todo efluente. Há exemplos de cidades que não tratam sequer uma gota de esgoto, como Birigui e Mirandópolis.
Já em Andradina, que no passado foi exemplo em saneamento ambiental, o crescimento não foi acompanhado de investimentos neste setor.O Relatório de Qualidade das Águas Superficiais do Estado de São Paulo - 2011, divulgado este mês pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado
de São Paulo), revela que 13, de um total de 43 municípios na região, apresentam índices de coleta que variam de 30% a 99%. Os demais já obtiveram a marca de cidades que recolhem integralmente o efluente gerado pela população.
CONTAMINAÇÃO
No entanto, coletar o esgoto não é garantia de que não haverá contaminação do solo e da água. Cinco cidades apresentam deficiências no tratamento, que não acontece ou é praticado parcialmente. Os níveis de coleta de esgoto em Birigui e Mirandópolis chegam a 94% e 85% do total gerado, mas a descontaminação não ocorre porque faltam
estações de tratamento.
Fonte: Folha da Região.