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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Jornal Nacional apresenta pesquisa realizada pela Trata Brasil/Ibope sobre serviços de saneamento básico.

Pesquisa diz que pouca gente cobra melhorias no saneamento básico.
O estudo revela a insatisfação dos brasileiros com a qualidade dos serviços de coleta de lixo, distribuição de água e redes de esgoto.


Fonte: Jornal Nacional.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Seca histórica gera guerra por água no sertão do Nordeste.

Considerada a pior dos últimos 50 anos em alguns estados do Nordeste, a seca está provocando um confronto que só se imaginaria no futuro: a guerra pela água. Em Pernambuco, essa luta já começou com tiros, morte e exploração da miséria. Protestos desesperados são registrados não só lá, mas em várias regiões do semiárido, onde a estiagem já se alastra por 1.100 municípios. A população pede providências imediatas dos governos para amenizar os efeitos devastadores. A situação só não é pior já que as famílias contam com os programas sociais, como o Bolsa Família. Como observam agricultores, a preocupação no momento é maior com os animais, que estão morrendo de sede e fome, do que com as pessoas.

Na beira das estradas que conduzem ao sertão, o verde não mais existe. Ao longo das BRs 232 e 110, em Pernambuco, carroças puxadas a jumentos magros tomam conta das margens em busca de água. Nos 100 quilômetros de extensão da PE 360, que liga os municípios sertanejos de Ibimirim e Floresta, há 28 pontilhões sob os quais os córregos corriam fortes. Hoje, estão todos secos. Até mesmo o leito do Riacho do Navio — que ganhou fama na voz do cantor Luiz Gonzaga — esturricou. Na última quinta-feira, bois magros tentavam em vão matar a sede e tudo que encontravam era uma poça de lama escura naquele conhecido afluente do rio Pajeú.

Em Pernambuco, 66 municípios do sertão e do agreste estão em estado de emergência reconhecido. O quadro tende a se agravar já que a temporada de chuva está encerrada e os conflitos aumentam. Em Bodocó, no início do mês, o agricultor João Batista Cardoso foi cobrar abastecimento regular na sede local da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) e acabou morto. João Batista se desentendeu com o chefe do escritório da estatal, José Laércio Menezes Angelim, que disparou o tiro e hoje está foragido.

“Pipeiros” distribuem água em troca de votos


Outra face cruel para as vítimas da seca é a exploração: se no passado eram os coronéis que manipulavam currais eleitorais distribuindo água, hoje as denúncias recaem sobre ‘pipeiros’, geralmente candidatos a vereador e seus cabos eleitorais, donos dos caminhões de água. A situação está tão grave que o governo decidiu rastrear todos os carros-pipa que circulam na caatinga. A Compesa começou a fazer operações para conter também o furto da água. Prevista para durar três meses, as ações contam até com helicóptero.

Até a última quinta-feira, foram detectados treze pontos suspeitos, com registro de desvio para campos irrigados. A água roubada do estado também abastecia reservatórios para carregar pipas e até mesmo um tanque com 50 mil peixes em Ouricuri. Segundo a Compesa, a perseguição aos furtos é para garantir água a 200 mil famílias.

— As barragens ficaram secas, o povo está com sede, mas o carro leva água para colher voto. Os donos dos caminhões ganham por dois lados: recebem do governo e o voto do povo. As pessoas prejudicadas não reclamam porque têm medo. Há culpa tanto do estado quanto do município — reclamou Francisco da Silva, sindicalista da região.

De acordo com o secretário de Agricultura, Ranilson Ramos, há 800 pipas rodando a caatinga, para atender as famílias.

Na Bahia, a seca é considerada a pior dos últimos 50 anos. A longa estiagem no estado já levou 234 dos 407 municípios baianos a decretar estado de emergência. O governo estadual já reconheceu a emergência em 220.

A seca está devastando as lavouras baianas e afetando a pecuária. Os preços dispararam: o quilo do feijão, por exemplo, aumentou 40% este ano. Em Salvador já custa R$ 8.
No Piauí, 152 municípios do semiárido, onde vivem 750 mil pessoas, estão sofrendo. No estado, um caminhão-pipa de até 15 mil litros de água não sai por menos de R$ 120 e as perdas das lavouras de milho, feijão e mandioca foram de 100% — contabilizou o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), Evandro Luz.

— A população padece de sede. Muita gente está há 40 dias sem água porque não tem dinheiro para comprar. Plantações inteiras foram perdidas — afirmou Luz.

Os presidentes dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais pediram à Central Nacional de Abastecimento cestas básicas para as famílias enfrentarem a fome.
No estado, não há chuva forte desde julho. Por falta de alimentos, pequenos criadores estão soltando o gado para que os animais procurem água e pasto.

— Vivemos a maior seca de nossa história — disse Wilson Martins, governador do Piauí, que em abril participou da reunião com a presidente Dilma Rousseff, que liberou R$2,7 bilhões para minorar os efeitos da estiagem e anunciou a Bolsa Seca de R$400. Segundo a Fetag, os recursos ainda não chegaram.

Fonte: O Globo.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

800 Milhões de pessoas não tem acesso a água.


“De que valem jazidas imensas de petróleo e minérios valiosos sem o líquido básico de nossa existência? Com essa consciência, devemos orientar nossas ações para a sua preservação e eficiente distribuição, sob pena de tornar inócuo qualquer outro tipo de riqueza material alcançada”.
A defesa foi feita pelo senador da República, Antonio Carlos Valadares (PSB/SE), por ocasião do Dia Mundial da Água, comemorado no último dia 22 de março.
“Estima-se que mais de 800 milhões de pessoas em todo o planeta não têm acesso regular à água e a tendência atual é de que esse número cresça em progressão assustadora”, alertou o senador.Ele destacou que, com o lema “É hora de soluções”, o Fórum em Marselha foi aberto com um chamado de advertência, emitido pela Organização das Nações Unidas, que divulgou preocupante relatório dando conta de que as mudanças climáticas e pressões demográficas tornaram mais crítico o acesso universal à água potável.
“Constata-se, claramente, pelo documento da ONU, a relação direta entre os impactos ambientais e a escassez da água em alguns pontos do planeta. A situação se torna ainda mais grave quando ocorre em localidades já carentes em recursos hídricos e infraestrutura básica de saneamento”, alertou.
“Em nosso País, embora já dispondo de algumas importantes ferramentas para a gestão hídrica, enfrentamos alguns problemas no sentido de efetivá-las e viabilizá-las no plano concreto”, reconheceu.
Valadares argumenta ainda que “a potência ambiental e hídrica, detentora da maior reserva de água doce do mundo - o Brasil, não pode se eximir em ser referência e liderança global no assunto.
Até para poder ter voz ativa e exigir dos seus pares da comunidade internacional o mesmo tratamento preferencial para a questão”, ponderou.Para Valadares, o Plano Nacional de Recursos Hídricos e o seu sistema de gerenciamento, principal instrumento diretivo da política nacional da água, devem ser orientados de forma verdadeiramente descentralizada e participativa, permitindo que suas ações atendam às questões e especificidades regionais e se tornem mais efetivas.
“Campanhas maciças de educação e uso consciente da água, portanto, são essenciais para o êxito da política, que deve se expandir da burocracia governamental e dos órgãos setoriais para as comunidades – notadamente as ribeirinhas − e as organizações sociais”, apelou.
Fonte: Plenário A Notícia Agora.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Fórum Mundial da Água vai discutir uma partilha igualitária.


Como partilhar melhor os recursos de água potável para cerca de 800 milhões de pessoas ainda sem acesso? Atores econômicos, políticos e militantes se reúnem na segunda-feira no sul da França no 6º Fórum Mundial da Água para esboçar respostas.Existe urgência.
Segundo um relatório do OCDE publicado na quinta-feira, é "primordial a utilização racional da água, da mesma forma que tarifá-la de maneira a desencorajar o desperdício" diante do aumento de 55% da demanda de água no mundo até 2050 com o crescimento da população e o aumento da urbanização.
O objetivo da reunião trienal, que acontecerá até 17 de março em Marselha, é drenar um largo afluente internacional, "a fim de servir como uma caixa de ressonância para promover a causa da água na agenda dos líderes mundiais", disse à AFP Guy Fradin, vice-presidente do Fórum e governador do Conselho Mundial da Água, instituição organizadora composta por 400 membros, públicos e privados.
Aproximadamente 20 mil participantes de 140 países são esperados. Para a abertura do evento uma dezena de chefes de Estado e Governo, entre eles Mohammed VI (Marrocos), Idriss Deby (Tchad), o presidente da Autoridade palestina Mahmud Abbas e o da Comissão Europeia José Manuel Barroso, já estão confirmados.
A abertura será realizada por François Fillon, o primeiro-ministro francês. O presidente-candidato Nicolas Sarkozy não confirmou presença. O socialista François Hollande, favorito para a eleição presidencial, segundo as pesquisas, deverá passar pelo evento no dia 14."O Fórum quer pressionar os governos para que falem sobre a água entre eles, porque é um assunto pouco discutido nas reuniões dos órgãos da ONU", explicou à AFP Gerard Payen, conselheiro para a Água do secretariado geral das Nações Unidas.Segundo os últimos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), no final de 2010, 89% da população mundial, 6,1 bilhões de pessoas, tiveram acesso a fontes melhoradas de água potável, superando o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (88%) fixado para 2015.
No entanto, 2,6 bilhões de terráqueos ainda não têm acesso a banheiros.Enquanto os fóruns anteriores concentraram-se sobre os problemas, este promete soluções concretas.Em 2009, o Fórum de Istambul não conseguiu incluir em sua declaração final a noção de "direito" ao acesso à água potável e saneamento.
Depois disso, foi reconhecido em 2010 pela ONU.Objeto constante de discórdia: a questão da partilha da água é um assunto de soberania dos Estados, enquanto que 15% dos países dependem em 50% da água vinda do exterior."Este ponto será fortemente apoiado pela França, mas é um assunto difícil para muitos países", disse Fradin.
"Vamos ver o que podemos conseguir, é necessário avançar nos mecanismos de gestão coletiva".Com ceticismo, uma centena de ONGs irá realizar um "Fórum Alternativo" no dia 14 com 2 mil representantes da sociedade civil vindos da Espanha, Alemanha, EUA, América do Sul e África. Eles acusam o Conselho da Água de "ser o porta-voz das empresas multinacionais e do Banco Mundial", e exigem uma gestão pública, ecológica e cidadã da água e uma distribuição equitativa."Estamos abrindo um local de debate onde nada é tabu, aberto a todos", assegura Fradin, indicando que 1 milhão de euros foram gastos com o financiamento da participação de ONGs (dos cerca de 30,5 milhões de euros do orçamento do Fórum).
Os debates do Fórum vão girar em torno de uma dúzia de prioridades de ações sobre a gestão, uso equilibrado da água, melhoramento da qualidade dos recursos com a preocupação constante de uma boa governança.
Fonte: Veja.com