sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Escola nos EUA constrói usina de biomassa com cobertura verde

O escritório de arquitetura Centerbrook projetou uma central de aquecimento por biomassa para a Escola Hotchkiss em Lakeville, Connecticut, EUA. O edifício se destaca por seu telhado verde, inclinado e ondulado, que “camufla” o edifício à paisagem. A usina utiliza lascas de madeira e substitui uma caldeira de óleo. Com esse novo sistema espera-se reduzir as emissões de CO2 em até um terço.

O edifício que abriga a central possui 16.500 metros quadrados e possui duas caldeiras de biomassa. Ele também abriga uma caldeira movida à óleo apenas para emergências.

A nova instalação é parte do compromisso da escola em se tornar um campus neutro em carbono até 2020. Hotchkiss é uma escola particular com 600 estudantes de todo o Estados Unidos e também do exterior.

As duas unidades de caldeiras podem gerar vinte milhões de BTUs por hora pela queima de resíduos de madeira adquiridas de florestas locais de forma sustentável e com certificação (FSC) Forest Stewardship Council. As lascas de madeira substituem cerca de 150 mil litros de óleo combustível por ano e reduz as emissões de dióxido de enxofre por mais de noventa por cento.

As cinzas da combustão de resíduos é recolhida para utilização como fertilizante para hortas da escola, e um precipitador eletrostático remove 95 por cento das partículas de emissões. A chaminé de 48 metros dispersa emissões para os ventos predominantes, reduzindo os impactos ao nível do solo para quase zero.
Lascas de madeira coletadas de forma sustentável são consideradas um combustível "carbono neutro" pelo Painel Internacional sobre Mudança Climática, pois o CO2 produzido por seu uso é reabsorvido pelo ecossistema através do reflorestamento das florestas onde são originários. A usina de biomassa deve reduzir seis milhões de quilos de CO2 por ano.

A pequena usina se camufla na paisagem. Ela possui perfil baixo e um telhado verde inclinado e também ondulado. As características sustentáveis incluem: telhado ajardinado com um sistema de captação e filtragem da água da chuva, que é reabsorvida pelo solo.

A estrutura é feita em madeira laminada reflorestada e também por materiais com alto índice de reciclagem. Além disso, o edifício recebe luz do dia em abundância.

O prédio também possui uma missão educacional, expondo suas tecnologias e estrutura de madeira para passeios de estudantes e grupos da comunidade que têm acesso a uma varanda com vista para mezanino e circunda a sala da caldeira. Além disso, gráficos e mapas de parede e uma série de monitores de computador interativos que rastreiam dados de desempenho estão em exibição. Fora da fábrica, os visitantes podem seguir um caminho pela natureza que oferece uma vista de perto do telhado verde.

"Nossa meta para este projeto foi construir sobre uma filosofia que conecta ainda mais os alunos para os recursos naturais que eles usam diariamente", disse Josh Hahn, chefe adjunto da escola e diretor de iniciativas ambientais. "Nossa fazenda conecta estudantes para seus sistemas alimentares, e a nova usina de biomassa irá conectar os alunos para os seus sistemas energéticos. Sabemos que a energia e questões ambientais em geral, serão prioridade para os nossos alunos quando entrarem em suas vidas adultas. Este edifício, construído como uma sala de aula, irá prepará-los para fazer escolhas criativas e inteligentes em um mundo com limites ecológicos", finaliza.

Fonte: CicloVivo

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Tecnologia produz água potável para moradores de ilha no Acará

Nesta quarta-feira (29), a Ilha do Maracujá, localizada no município de Acará, nordeste paraense, recebeu uma solução alternativa de tratamento de água para o consumo humano. A tecnologia, denominada SALTA-z, foi concebida pela Superintendência Estadual da Fundação Nacional de Saúde no Pará (Funasa/ Suest-PA) e foi implantada na ilha por meio de parceria entre a prefeitura local, o Fórum do Desenvolvimento Sustentável das Ilhas e a Rede Paraense de Tecnologias Sociais (RTS-PA), da Secretaria de Estado de Ciência Tecnologia e Inovação (Secti).

A tecnologia SALTA-z consiste em um sistema de coleta da água do rio, que é conduzida por meio de canos até um reservatório elevado, onde ocorre um processo de floculação para concentrar as impurezas primárias da água e viabilizar o respectivo descarte. Um percentual de cloro é inserido na água captada que, antes de ser consumida, passa por um processo de filtração de excelência, feito por minerais com estrutura porosa, denominados zeólitos. Por fim, a água potável é canalizada para as torneiras presentes no sistema, pronta para o consumo humano.

Finalmente teremos uma água de qualidade aqui na região. Antes a gente tinha que comprar água ou usar água do rio mesmo, o que deixa muitas crianças sofrendo com verminoses constantemente. A gente espera que, com essa tecnologia, estejamos livres dessas doenças”, afirmou a professora e moradora da Ilha do Maracujá Leila Barata.

A instalação do sistema custa, em média, R$ 5 mil, e conseguirá atender cerca de 30 famílias na ilha. “O tratamento da água pelo sistema SALTA-z é eficiente na remoção de todos os microrganismos que prejudicam a saúde humana, mas a população deve ficar atenta ao condicionamento da água nos vasilhames usados para captar a água que sai do sistema, para que ela não seja contaminada após a purificação”, alerta o auxiliar técnico de pesquisa da Suest-PA, Eládio Braga.

O projeto já foi implantado, também, na Ilha do Marajó e no município de Terra Alta, no sudeste do Estado, mas foi a inauguração do sistema na Ilha do Maracujá que concretizou a parceria entre o Fórum das Ilhas, a Funasa e a RTS-PA, cujas articulações se iniciaram durante o I Fórum de Tecnologias Sociais, em outubro do ano passado.

Por meio da RTS-PA, temos a intenção de colocar a ciência e a tecnologia a serviço de demandas práticas que possam transformar a vida das pessoas. Essa tecnologia social da Funasa demonstra uma solução simples para a questão do abastecimento de água, e a nossa função é buscar parcerias para replicá-la em outras comunidades com dificuldades no acesso à água potável, pois esse é um dos eixos prioritários da RTS”, explicou o diretor de Tecnologias Sociais da Secti, Evandro Ladislau, durante a solenidade de inauguração do sistema.

A inauguração teve ainda a presença do representante do Ministério Público do Estado (MPE), Roosevelt Pantoja, que demonstrou interesse em firmar uma parceria com a RTS-PA. “Esse projeto da Funasa precisa ser uma realidade para todo o Brasil, pois isso é um direito que comunidades como a da Ilha do Maracujá têm. O MPE estará de mãos dadas com todos os órgãos que desejam, de forma organizada, garantir direitos fundamentais básicos à sociedade, o que parece ser o principal objetivo da RTS”, afirmou.

Futuramente, a tecnologia SALTA-z será apresentada por técnicos da Funasa em outros municípios paraenses, e novas capacitações, com palestras sobre o controle da qualidade da água e o uso e manutenção da tecnologia SALTA-z, serão feitas no município de Acará ainda neste semestre.

Fonte: Agência Pará

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Rumores sugerem que futuro iPhone 6 será carregado por energia solar

Rumores, patentes e pedidos de produção de fábrica parecem indicar que a nova versão do iPhone 6, da Apple, terá um sistema de carregamento solar. Eles sugerem que o novo modelo será capaz de se autocarregar utilizando uma tela de vidro de safira.

De acordo com o analista do site Seeking Alpha’s Matt Margolis, esta nova funcionalidade seria parte de um esforço para prolongar a vida útil da bateria do iPhone. O analista prevê que a Apple vai implementar uma tela de vidro de safira incorporado com células solares, que poderão ser produzidos na fábrica da empresa no Arizona, EUA.

Não há como dizer se os rumores são verdadeiros ou não, mas há pistas que reforçam esta teoria. Em setembro, por exemplo, a empresa postou um anúncio de emprego para um engenheiro com experiência na indústria solar para trabalhar em seus dispositivos móveis.

Dois meses depois, a Apple também anunciou uma parceria de 578 milhões de dólares com especialistas de cristal mineral da empresa GT Advanced Technologies, somando-se as especulações. Além disso, no final de outubro, o departamento de patentes e marcas dos EUA publicou uma patente da Apple para um sistema de gerenciamento de energia que utiliza os raios do sol para operar dispositivos iOS e Mac.

De acordo com o blog de tecnologia PhoneArena, protótipos de um iPhone ostentando uma tela de vidro de safira já podem estar em produção. O blog relata que a fábrica da Foxconn, em Shenzen (China), reuniu cem protótipos de um iPhone da próxima geração que troca o Gorilla Glass para um visor de vidro de safira.

Vidros de safira são conhecidos por serem cerca de três vezes mais duráveis que o Corning Gorilla Glass, que é o utilizado hoje na maioria dos smartphones. Displays com base em vidro de safira ainda são muito caros para serem implementados em escala comercial, e, até agora, a tecnologia tem sido utilizada principalmente na indústria aeroespacial, militar e dispositivos médicos.

Para Nigam Arora, colunista da revista Forbes, é pouco provável que as células solares serão incluídas já no iPhone 6. “A tecnologia ainda não é suficiente. A película transparente fina com células solares embutidas tem uma eficiência muito baixa em termos de conversão de luz em eletricidade. E não é uma vantagem significativa para a melhoria da vida da bateria. Tal como acontece com todas as tecnologias, a eficiência irá melhorar ao longo de um período de tempo. Uma tela de safira com um laminado de película contendo células solares é provável no iPhone 7, mas não no iPhone 6".

Fonte: CicloVivo

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Dispositivo portátil mede concentração de poluentes no ar

A empresa Variable Technologies desenvolveu uma linha de dispositivos avançados, capazes de fazer medições dos índices de emissões de carbono no ar e diversos indicadores gerais, como concentração de substâncias tóxicas, temperatura e velocidade. Batizados de NODE, os dispositivos poderão ser aliados em pesquisas ambientais e comparações de gases tóxicos de acordo com cada localidade.

Os pequenos equipamentos foram desenvolvidos pelo especialista George Yu, ex-funcionário do Departamento Norte-Americano de Segurança Interna, mas, no início, o inventor não recebeu incentivos para a comercialização do NODE. Afastado do órgão norte-americano, Yu fundou a Variable Technologies em 2012, e começou a aprimorar a tecnologia com a sua equipe, até chegar à versão final dos dispositivos, que começarão a ser vendidos a partir de abril deste ano, segundo o site Greensavers.

Para identificar os níveis de poluição, os dispositivos disparam ondas de infravermelho no ar, detectando a quantidade de moléculas de monóxido de carbono e outras propriedades poluentes. Depois da análise, uma conexão instantânea é estabelecida com os celulares dos usuários, por meio de um aplicativo que envia um relatório das condições atmosféricas do local. A ideia é tornar acessível o trabalho dos meteorologistas, por meio de informações simples e possíveis de serem compreendidas por grande parte das pessoas.

A equipe da Variable Technologies deu início à campanha de captação de recursos em 2012 e superou a meta estipulada para o período. Os produtos da empresa têm preços variados: as versões que conseguem captar monóxido de carbono e outros gases tóxicos serão vendidas por 149 dólares, enquanto a mais sofisticada chega a custar 199 dólares.

Fonte: CicloVivo

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Globo solar também gera energia com a luz da lua


O arquiteto alemão André Broessel desenvolveu e já comercializa os globos solares, equipamentos capazes de produzir até 70% mais energia fotovoltaica do que os painéis convencionais. Chamado de Rawlemon, o coletor é uma esfera de vidro que faz a refração da luz num raio concentrado. Totalmente sensível à luminosidade – até das nuvens –, o dispositivo é capaz de seguir a trajetória do sol ao longo do dia e aproveitar o clarão da lua, gerando energia limpa durante a noite.

O responsável pelo globo solar levou três anos para finalizar o produto, que, ao contrário das placas convencionais, possui um design atraente e ocupa pouco espaço, podendo ser instalado em diversos locais. A intenção é fazer os globos solares entrarem no mercado em larga escala, com preços mais acessíveis do que os painéis comuns. Atualmente, a primeira versão de cada globo solar pode ser adquirida a partir de 150 dólares (algo em torno de 350 reais), pelo site de financiamento coletivo IndieGogo.

O conceito do dispositivo é baseado num princípio básico de física, fazendo a refração da luz num raio. Como uma lente esférica, o globo solar foi chamado pela imprensa internacional de “bola de cristal” e possui um rastreador que acompanha a rota da luz, do amanhecer ao pôr do sol. Durante a noite ou quando o tempo está nublado, o dispositivo busca a orientação da luminosidade mais intensa, gerando energia ininterruptamente.

De acordo com Broessel, a eletricidade é armazenada nas baterias do sistema, e o coletor é capaz de abastecer uma residência ou um estabelecimento comercial. Assim, o criador espera tornar a tecnologia cada vez mais viável. “Nós só podemos tornar isso possível se nossos produtos forem acessíveis a todos, e, para isso, necessitamos do seu apoio na campanha”, explica Broessel no mesmo site em que os globos são vendidos. Quem não levar para casa o produto, também pode apoiar o projeto, com investimentos acima de um dólar. Caso a verba não seja atingida, os doadores serão ressarcidos.

Fonte: CicloVivo

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Estudante de 19 anos encontra a solução para a limpeza dos oceanos

O estudante de engenharia holandês Boyan Slat, de apenas 19 anos, anunciou recentemente a invenção de uma máquina que seria capaz de limpar os oceanos em apenas cinco anos. O projeto promete ser a solução para as mais de 7 milhões de toneladas de plástico espalhadas pelos mares.

O equipamento, batizado de Ocean Cleanup Array, se trata de uma estrutura que funcionaria como um 
filtro gigante. Ao ser posicionado no mar em áreas mais poluídas, o aparelho seria capaz de recolher o material flutuante existente na água.

Após a coleta, uma equipe especializada deveria retirar todo o lixo da máquina, devolvendo possíveis vidas marinhas capturadas. Como todo o material sugado pela máquina seria mantido em contato com a água, isso faria com que a fauna oceânica capturada ficasse a salvo.

Segundo Slat, suas pesquisas indicam que o equipamento seria capaz de limpar os oceanos em um período inferior a 5 anos, deixando os mares completamente livres de plásticos e, principalmente, eliminando as ilhas de lixo que existem no Oceano Pacífico.

Além disso, Boyan Slat também acredita que a utilização dos plásticos retirados das águas pode ser bastante rentável. O jovem, que ganhou seu primeiro prêmio aos 14 anos e já está no Livro dos Recordes, busca agora parcerias e investidores para tirar o projeto do papel.

Fonte: Tecmundo

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

China cresce mais devagar em busca de equilíbrio com Meio Ambiente


O crescimento econômico da China por pouco não atingiu em 2013 a mínima em 14 anos, embora alguns economistas digam que a desaceleração será inevitável neste ano, à medida que autoridades e investidores se preparam para reformas difíceis. A chance de que a segunda maior economia do mundo possa desacelerar nos próximos meses foi reiterada nesta segunda-feira por dados que mostraram enfraquecimento do avanço do investimento e da produção industrial nos últimos meses do ano passado.

A perda de ímpeto limitou o crescimento anual da China em 7,7%, mínima em seis meses, no trimestre de outubro a dezembro, uma desaceleração que, segundo alguns analistas, pode se aprofundar neste ano conforme o país suporta o fardo de curto prazo de reorganizar seu modelo de crescimento para o benefício no longo prazo. O crescimento anual em 2013 foi de 7,7%, inalterado ante 2012 e apenas levemente acima das expectativas do mercado por ritmo de expansão de 7,6%, que teria sido o mais lento desde 1999.

Após 30 anos de crescimento econômico vigoroso de dois dígitos que tirou muitos milhões de chinesas da pobreza mas que também devastou o meio-ambiente, a China quer mudar o tom ao abraçar o desenvolvimento sustentável e de maior qualidade. Isso significa reduzir a intervenção governamental para permitir que os mercados financeiros tenham maior participação na alocação de recursos, e promover o consumo doméstico ao custo de investimentos e exportações.

Dados desta segunda-feira da Agência Nacional de Estatísticas mostraram que a economia da China de 56,9 trilhões de iuanes (US$ 9,4 trilhões) ainda está muito dependente do investimento para crescer. A formação de capital representou 54% do crescimento econômico da China no ano passado, superando a porção de 50% do consumo. As exportações líquidas, por outro lado, reduziram 4,4% do crescimento geral.
"Não vejo nenhuma evidência de requilíbrio no ano passado", disse o economista Tim Condon, do ING em Cingapura.

Porém, há sinais de que Pequim quer controlar o investimento. Para 2013 como um todo, o investimento em ativos fixos aumentou 19,6%, o menor avanço em pelo menos 10 anos e logo abaixo das estimativas por crescimento de 19,8%. O investimento ambicioso pelos governos chineses locais que soma cerca de US$ 3 trilhões em dívida tem Estado na dianteira do impulso de investimento da China nos últimos anos, uma tendência que tem que analisada, disse o chefe da agência de estatísticas chinesa, Ma Jiantang.
"Em 2014, eu acredito que as reformas continuarão a ser as principais forças propulsoras para o crescimento econômico" acrescentou Ma.

‘Perdendo fôlego’
A leve desaceleração do crescimento da China é vista pela maioria dos especialistas como algo inevitável, à medida que o país muda para o desenvolvimento de melhor qualidade.
"De modo geral, a economia chinesa está tendo bom desempenho durante sua fase de ajuste. Porém, não restam muitas dúvidas de que a economia chinesa está perdendo fôlego", disse o economista-chefe para a China da IHS Global Insight, Brian Jackson.

O crescimento da produção industrial ficou em 9,7% em dezembro ante o ano anterior, mínima em cinco meses, na medida em que as fábricas lutaram com demanda interna e externa mais fracas. Uma minoria de analistas preveem que a economia da China possa acelerar neste ano, frustrando a crença predominante de que o crescimento irá se enfraquecer para abrir espaço para as reformas.

O Deutsche Bank espera que o crescimento chinês acelere para 8,6% neste ano, enquanto o RBS vê 8,2%. Fontes dos principais institutos de pesquisa disseram à agência inglesa de notícias Reuters que o governo provavelmente deve manter sua meta de 7,5% de crescimento econômico novamente em 2014.

Fonte: Correio do Brasil

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

(SP) Pesquisa da Unesp de Rio Claro estuda uso de lodo como fertilizante

Pesquisadores da Unesp de Rio Claro (SP) estudam o uso do lodo, sobra tóxica do tratamento de esgoto, como fertilizante na agricultura. Uma análise feita apontou que na mistura com o solo durante um ano, a substância perdeu a carga poluente. Em 2013, a descoberta ganhou um prêmio do Ministério Federal de Educação e Pesquisa na Alemanha para jovens cientistas do mundo.

Atualmente, Rio Claro trata 55% do esgoto gerado pelos moradores. Na estação ele passa por vários processos até que a água fique em condições de retornar ao rio. O problema é o que o lodo que sobra do tratamento é prejudicial ao meio ambiente.

O lodo é o resíduo da estação de tratamento de esgoto, ou seja, é o mesmo que o esgoto no meio ambiente. Então hoje existe um cuidado muito grande com esse lodo nas nossas estações de tratamento, onde armazenamos ele, transportamos e dispomos em aterro controlado”, afirmou o gerente de operações Alexandre Leite.

Além de poluente, o transporte ao aterro sanitário e a armazenagem desse material tem um custo alto. Na condição em que fica não teria nenhuma utilidade até a descoberta feita pelos pesquisadores da Unesp.

Análise de lodo no solo
A pesquisa, feita pela aluna de pós-graduação do curso de ciências biológicas Dânia Elisa Christtofoleti Mazzeo, levou quatro anos para ser publicada.
A aluna misturou lodo ao solo em várias proporções e o enterrou. Depois de um ano, a análise mostrou que a carga tóxica contida no lodo havia desaparecido.

Todos aqueles defeitos inicialmente encontrados, tanto nas plantas quanto nos peixes, na minhoca, nas células humanas, em leveduras, iam decrescendo. Com 12 meses, na proporção de 50% solo e 50% lodo, esses efeitos não eram mais observados”, afirmou Dânia.

O maior desafio foi trabalhar com o material contaminado. “Esse resíduo tem uma carga tóxica alta, mas ele também tem um conteúdo orgânico muito alto. O nosso desafio foi transformar esse material em um material que pudesse ser reutilizado como fertilizante em agricultura”, explicou a coordenadora do estudo, a pesquisadora Maria Aparecida Marin Morales.

Uso como fertilizante
A meta agora é fazer os últimos testes para descobrir se o lodo pode ser usado como fertilizante nas lavouras. Os estudos começam já no primeiro semestre deste ano.

Queremos saber se ele realmente vai produzir um benefício na agricultura, aumentar a produtividade agrícola. Então faltam esses testes gerais para que ele possa ser usado”, ressaltou Maria Aparecida.
O produtor rural Euclides Donizeti Altarugio espera que a descoberta possa no futuro baratear os custos. 

Ele tem uma lavoura de 700 hectares de cana-de-açúcar e gasta o equivalente a R$ 100 mil por ano só com fertilizantes. “Posso aumentar a produção e comprar um trator novo para melhorar a lavoura”, afirmou.

Fonte: G1

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Vending machine para aluguel de carros elétricos é instalada na China

Um sistema inusitado para compartilhamento de carros elétricos foi implementado pela fabricante de automóveis Kandi Technologies. A empresa aposta em uma versão mais ousada da famosa vending machine, que costuma vender produtos de pequeno porte, geralmente para consumo imediato.
O sistema funciona de maneira simples. Os clientes utilizam um cartão da empresa que debita o valor em sua conta bancária, cerca de oito reais por hora. Automaticamente o veículo é liberado.

A máquina foi implementada na cidade de Hangzhou, no leste da China, e o serviço já está em operação. De acordo com a Forbes, a ideia é construir 750 garagens, sendo que, ao menos, 50 devem funcionar até março.

Os carros percorrem 50 quilômetros por hora, entretanto, a instalação de um carregador elétrico pode ser um problema para muitos chineses, por isso a Kandi Technologies planeja instalar um sistema de troca de baterias.

A fabricante planeja colocar 100 mil automóveis à disposição da população e estender seu negócio para as cidades de Xangai, Shandong e Hainan.

Fonte: CicloVivo

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Árvores solares de LED carregam celulares e iluminam locais públicos

Com objetivo de popularizar o uso de energias limpas, um grupo de empresários chilenos desenvolveu as árvores solares de LED, que utilizam os raios de sol para carregar celulares e iluminar ruas, praças e outros locais públicos, colaborando para o aumento da segurança nas cidades. Os equipamentos foram inspirados no formato das árvores, cujas folhas foram substituídas por painéis fotovoltaicos tridimensionais, capazes de produzir até 20% a mais de eletricidade do que as placas solares comuns.

Projetadas pela empresa chilena Tuboled, as árvores solares produzem a energia limpa por meio dos painéis de alto desempenho, e as pessoas podem encaixar seus celulares, tablets, notebooks e outros gadgets nas entradas USB disponíveis no equipamento. “Trata-se de um projeto que pode ser útil para as pessoas, oferecendo um local para relaxarem em meio às cidades ou para recarregarem seus celulares quando for necessário. O melhor é que tudo isso acontece gratuitamente, uma vez que o sistema utiliza a energia fornecida pelo sol”, explicou ao site Veoverde o gerente geral da Tuboled, Carlos Arias.

Quando chega a noite, as “folhas” de cada árvore já acumularam eletricidade o suficiente para acender os módulos de LED, que se integram ao sistema de iluminação pública da cidade, com mais eficiência e gastos mínimos. “Esta tecnologia vai muito além de simplesmente iluminar uma praça”, anima-se o gerente geral da empresa, que, inclusive, já faz negociações de instalações no Brasil.

Uma das vantagens das árvores solares é levar energia limpa aos locais mais afastados por custos mais baratos que a rede elétrica convencional. Produzidos com material ultrarresistente, os sistemas de aproveitamento da luz do sol não requerem manutenção – precisam apenas ser limpos uma vez por ano, e têm durabilidade estimada em dez anos.

Equipamentos com a mesma função das árvores solares já foram instalados em outras partes do mundo. No ano passado, a praia de Atlântida, no Rio Grande do Sul, recebeu dois guarda-sóis fotovoltaicos, que carregaram os celulares dos banhistas, mas a iniciativa durou apenas dois dias. Como importante ferramenta de desenvolvimento sustentável, a árvore solar também poderá ser usada no futuro para abastecer veículos elétricos.

Fonte: CicloVivo

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Estudantes criam bike que evita acidentes no trânsito

Um grupo de estudantes norte-americanos criou uma bike inteligente que aumenta a segurança dos ciclistas contra vários obstáculos encontrados no trânsito. Chamado de iBAPS, o veículo possui diversos sensores – um deles detecta a aproximação de automóveis e ainda dispara sinais sonoros para alertar os motoristas e pedestres que ameaçarem a segurança de quem está pedalando.

Para garantir uma área segura aos ciclistas em meio às ruas, o sistema da iBAPS conta com sensores e emite lasers piscantes com objetivo de mostrar aos motoristas o espaço necessário para a bicicleta se locomover. Quando alguém rompe a barreira de segurança, os alto-falantes do veículo disparam um alerta.

Algumas peças que formam a bicicleta foram produzidas por uma impressora 3D disponível na universidade, e, além dos sensores para motoristas e pedestres, os guidões vibram quando os ciclistas circulam em alta velocidade e perto de cruzamentos, locais em que a maioria dos acidentes é registrada.

A bike inteligente foi criada na Northeastern University, em Boston, e seu nome – iBAPS – é uma sigla que significa Sistema Interativo de Prevenção de Acidentes Ciclísticos. Segundo o site InHabitat, o veículo foi desenvolvido para diminuir o número de acidentes envolvendo pessoas que andam de bike nos EUA: todos os dias, são registradas ao menos duas mortes em acidentes envolvendo ciclistas.

A iBAPS também conta com um sistema de interação social, podendo ser sincronizada com aplicativos para smartphones e conexões Bluetooth. Além disso, o veículo armazena informações de rotina dos ciclistas e indicam os níveis de segurança de cada passeio de bike.

Por enquanto, a iBAPS ainda não tem previsão de lançamento e nem de comercialização em larga escala. “Eu acredito que esta bike tenha um enorme potencial de mercado”, disse o professor Constantinos Mavroids, coordenador de desenvolvimento do veículo. “A iBAPS é uma ferramenta útil que o mercado necessita”, finaliza Mavroids.

Fonte: CicloVivo

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Samsung cria bike inteligente que utiliza pedaladas para carregar celulares

A Samsung apresentou nesta semana uma bicicleta inteligente que transforma as pedaladas em energia mecânica para carregar os celulares de seus usuários. A bike possui um encaixe para os gadgets, e, além de fornecer eletricidade limpa para que os ciclistas nunca fiquem incomunicáveis, também se conecta aos dispositivos para oferecer outros serviços, que vão desde o monitoramento de GPS até música para animar os passeios dos ciclistas.

A marca de tecnologia da Coreia do Sul se uniu à empresa norte-americana Trek Bicycles para produzir o veículo inteligente, apresentado durante a Consumer Electronics Show (CES), maior feira de tecnologia do mundo, realizada em Las Vegas. Além de carregar os celulares, a bicicleta inteligente também consegue monitorar os sinais vitais dos ciclistas e registrar as velocidades da bicicleta.

Segundo o site Mobile Express, as bicicletas inteligentes vão se conectar apenas aos gadgets produzidos pela Samsung, portanto, somente alguns dispositivos com o sistema Android poderão se conectar ao veículo. Durante o evento, a marca sul-coreana apresentou dois modelos de protótipos, já finalizados, mas, segundo os representantes da empresa, a novidade ainda não tem previsão para ser lançada no mercado.

Além da bicicleta que pode carregar os celulares a partir das pedaladas, a Samsung também vai possibilitar que os proprietários do carro elétrico BMW i3 controlem diversas funções do automóvel à distância. Assim, a nova tecnologia permite que o smartwatch Galaxy Gear controle a temperatura interna do veículo, verifique se as portas e janelas estão devidamente trancadas, e, ainda, traçar rotas de GPS para indicar os caminhos mais seguros para os motoristas.

Fonte: CicloVivo

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Os riscos de usar a tecnologia para reverter o aquecimento global

No ano passado, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) concluiu que há 95% de certeza de que o aquecimento global é real e causado pela ação humana. Os governos, no entanto, nada fazem para resolver o problema, e a emissão de gases de efeito estufa continua crescendo. Com esse cenário pessimista, muitos cientistas passaram a considerar, com seriedade, a hipótese de modificar artificialmente o clima da Terra. Essa área de estudo tem até mesmo um nome: geoengenharia, a aplicação da engenharia para mudar o clima do planeta em larga escala.

Até o momento, não há tecnologias prontas para "hackear" o clima do planeta. Mas algumas propostas já foram sugeridas, como criar um "satélite guarda-sol" para diminuir a quantidade de calor que o planeta recebe do Sol ou fertilizar milhões de algas marinhas para que elas absorvam mais CO2. Uma das ideias mais estudadas é a de criar uma erupção vulcânica artificial.

O papel dos vulcões no clima já é bem conhecido. As erupções liberam partículas que ao mesmo tempo bloqueiam os raios solares e absorvem calor emitido na Terra, funcionando como um resfriador do clima. Um bom exemplo desse efeito ocorreu com a erupção do Monte Pinatubo, nas Filipinas, em 1991. 

Segundo os cientistas, essa erupção, uma das maiores do século XX, foi responsável por diminuir a média de temperatura em 0,5ºC nos dois anos seguintes. A proposta de geoengenharia é injetar artificialmente essas partículas na estratosfera para conseguir o efeito de esfriamento.

Pesquisadores da Universidade de Reading, no Reino Unido, decidiram testar a hipótese. Usando modelos de computadores, eles simularam os efeitos desse tipo de geoengenharia no planeta. Os resultados, publicados nesta quarta-feira (8) na revista científica Environmental Research Letters, mostram que a geoengenharia pode funcionar. Mas os efeitos coletarais não serão nada agradáveis.

Os pesquisadores partiram de um dos cenários mais pessimistas do IPCC - o do aumento de 4ºC nas médias de temperaturas -, em que reduzir emissões de CO2 não seria mais suficiente para evitar mudanças climáticas drásticas. Nesse cenário, eles simularam os efeitos de se lançar anualmente 60 milhões de toneladas de dióxido de enxofre na estratosfera, o equivalente a cinco erupções vulcânicas. O resultado foi que a geoengenharia reduziu a zero o aumento das médias de temperatura causado pelo CO2. Ou seja, ao menos na simulação, o vulcão artificial acabou com o aquecimento global.

Mas o modelo de computador também identificou um efeito coleteral. Ao lançar as particulas na estratosfera, a técnica modifica a temperatura nas camadas da atmosfera onde as nuvens se formam. O resultado é uma redução de até 30% da frequência de chuvas na região dos trópicos, com impactos nocivos na América do Sul, Ásia e África. Isso significa menos chuvas na Amazônia e nas florestas tropicais do sul da Ásia, colocando em risco a sobrevivência dessas florestas, e em fortes secas em áreas semi-áridas e desérticas, impactando milhões de pessoas. Em outras palavras, a ideia do vulcão artificial 
resolve um problema, mas cria outro.

O estudo está disponível para download no site da revista científica Environmental Research Letters.

Fonte: Blog do Planeta

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Gasolina que reduz emissões de carbono já substitui versão convencional

Uma nova gasolina menos agressiva ao meio ambiente começou a ser comercializada nesta terça-feira (7), em vários postos de todo o país, para substituir a versão comum. Chamado de S-50, o novo combustível de alta eficiência possui menor concentração de enxofre, e, ao ser queimado, libera até 60% menos de gás carbônico e de óxido de nitrogênio na atmosfera do que as versões convencionais.

Desenvolvida pela Petrobras, a gasolina S-50 concentra bem menos enxofre em sua fórmula – são 50 partes por milhão, contra as mais de 800 partes por milhão encontradas na S-800, versão anterior. Com isso, a produção do combustível e a fumaça expelida pelos veículos no trânsito causarão menores impactos na natureza e na saúde das pessoas.

O gerente de soluções da Petrobras, Frederico Kremer, explicou que a S-50 deverá trazer benefícios para toda a sociedade, sobretudo para os motoristas. Isso porque o novo combustível de alto desempenho protege o motor dos veículos devido à baixa formação de depósitos de resíduos do combustível nas válvulas, bicos injetores e câmaras de combustão. Assim, menos manutenções automotivas serão necessárias com o uso contínuo do S-50.

De acordo com o representante da empresa estatal, não haverá reajuste no preço da gasolina, mesmo com o aumento da qualidade do produto. A Petrobras também afirmou que o diesel S-1800 vai parar de ser usado para fins rodoviários, sendo substituído pelas versões S-10 e S-500, que também poluem menos. Segundo a Petrobras, as metas de redução de emissões referem-se aos motores fabricados após 2009.

Fonte: CicloVivo

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

China constrói maior parque solar do mundo

A China deu início à construção da maior usina solar do mundo, segunda megausina fotovoltaica do país, que possui capacidade instalada de dez mil megawatts e será erguida na remota localidade de Xinjiang. O projeto levará quatro anos para ser finalizado, mas os primeiros painéis começarão a operar ainda em 2014, contribuindo para uma matriz energética mais sustentável em meio ao preocupante cenário de degradação ambiental encontrado no país asiático.
O projeto foi anunciado no final do ano passado pelo governo chinês, que contratou a empresa nacional Trina Solar para construir a central de geração. Frente à dependência do país às fontes não renováveis de energia, as autoridades chinesas estabeleceram que a usina solar de Xinjiang comece suas atividades nos próximos meses, produzindo, inicialmente, 300 megawatts de eletricidade limpa, que serão distribuídos à população enquanto o projeto ainda não é concluído.

Além desta usina solar mais recente – que, atualmente, pode ser considerada como a maior do mundo – em 2009, a China anunciou a criação de outra central de produção fotovoltaica, no isolado deserto da Mongólia. O projeto seria o mais amplo do planeta, com capacidade instalada de dois mil megawatts – no entanto, a Índia já executa a construção de um parque fotovoltaico no deserto do Rajastão, com 
capacidade de gerar quatro mil megawatts.

Como a construção da megacentral em Xinjiang é realizada por uma empresa nacional, a China se afirma cada vez mais à frente do mercado de energias renováveis. Assim, além da comercialização de equipamentos de geração (como painéis fotovoltaicos e turbinas eólicas), os projetos de usinas elevam a preocupação do país asiático com as fontes limpas. Entretanto, devido à grande extensão do território chinês e da dependência da queima de carvão mineral, especialistas acreditam que, dificilmente, a remota usina aliviará a poluição nos grandes centros urbanos.

Fonte: Ciclo Vivo

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Londres pode ganhar ciclovia aérea de 220 quilômetros de extensão

O arquiteto inglês Norman Foster apresentou um inovador projeto de mobilidade urbana para Londres. Chamada de SkyCycle, a ciclovia aérea tem aproximadamente 220 quilômetros de extensão e percorre o mesmo caminho das principais linhas de trem da capital inglesa, integrando o transporte público ao uso das bicicletas. Inicialmente classificada como um projeto utópico, a via suspensa tem capacidade para transportar mais de 12 mil ciclistas por hora e poderá sair do papel nos próximos vinte anos.


O SkyCycle proporciona acesso para dez diferentes ciclovias que já existem em Londres e funciona como um grande atrativo para aumentar o número de ciclistas na capital inglesa. A via suspensa para bikes também diminui os incômodos causados pelo contato próximo dos ciclistas com a fumaça emitida pelos automóveis – colaborando para a saúde – e também reduz os atritos entre as pessoas que andam de bicicleta e os motoristas que ainda não aprenderam a conviver com os ciclistas.

Segundo Norman Foster, o projeto tem por objetivo aumentar a segurança no transporte e a qualidade de vida na capital inglesa. “Eu acredito que as cidades em que você pode andar ou pedalar, no lugar de dirigir, são lugares mais agradáveis para se viver”, explicou o arquiteto responsável ao site Deezen.
Para ser construída, a via exclusiva para ciclistas depende do aval das autoridades de transporte da cidade. “Para melhorar a qualidade de vida de toda a população em Londres e estimular uma nova geração de ciclistas, é preciso tornar o transporte seguro”, defendeu Foster. “No entanto, a maior barreira de convivência entre carros e bicicletas em Londres é a restrição das ruas, onde o espaço é um prêmio disputado”, completou o arquiteto.

O conceito do SkyCycle surgiu depois de o número de acidentes e mortes entre ciclistas ter aumentado na capital inglesa nos últimos tempos. De acordo com paisagistas, especialistas em mobilidade urbana e a própria equipe envolvida no projeto, as pistas suspensas demandam um custo menor que a implantação de novas ciclovias, túneis e outras estruturas de transporte para as bikes na capital inglesa.

Incríveis projetos de mobilidade urbana voltados à bicicleta vêm surgindo na Europa nos últimos anos. É o caso da ponte holandesa Hovenring – uma ponte estaiada construída sobre o cruzamento de uma rodovia e uma movimentada avenida em Eindhoven. Outro plano estratégico é a construção da Radler B-1, uma rodovia exclusiva para bikes na Alemanha, paralela à Autobahn, uma das estradas mais importantes de toda a Europa.

Fonte: CicloVivo

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Telhados verdes podem diminuir ilhas de calor, afirma especialista

O uso do telhado verde pode ser um instrumento importante para reduzir os impactos de ilhas de calor formadas em grandes centros urbanos, segundo um estudo elaborado pela Universidade de São Paulo (USP). Ao comparar dois prédios da capital paulista, um com área verde e outro com laje de concreto, o geógrafo Humberto Catuzzo verificou que a temperatura no topo do edifício com a cobertura verde ficou até 5,3 graus Celsius (°C) mais baixa. Também aumentou em 15,7% a umidade relativa do ar.
Se imaginarmos que está fazendo 25°C no prédio com telhado verde e, no de concreto, 30°C, isso faz uma grande diferença dentro daquele microclima”, disse o pesquisador e autor da tese de doutorado com esse tema. Catuzzo destacou que não é possível definir exatamente o impacto que a iniciativa teria, se fosse expandida, mas observou que as diferenças de temperatura e umidade constatadas na experiência foram muito significativas. “Poderia melhorar a questão climática ou ambiental da região central”, ressaltou.

Os edifícios analisados foram o Conde Matarazzo, sede da prefeitura de São Paulo, no Viaduto do Chá, e o Mercantil/Finasa, na Rua Líbero Badaró, cuja laje é de concreto. Os dois prédios, localizados à margem direita do Vale do Anhangabaú, foram escolhidos por estarem sujeitos a condições atmosféricas e de insolação semelhantes. No topo dos edifícios, foram instalados sensores a 1,5 metro do chão (padrão internacional), que, durante um ano e 11 dias, mediram a temperatura e a umidade relativa do ar na área dos dois telhados.

De acordo com Catuzzo, a ilha de calor existente no centro de São Paulo eleva em até 10°C a temperatura na região durante o verão. “O concreto, o pavimento, a grande circulação de veículos fazem com que essa área tenha um aquecimento maior em relação a outras”, disse. O uso de telhados ecológicos solucionaria também o problema da falta de espaços no centro que pudessem abrigar áreas verdes.

No estudo, Catuzzo comparou os dados do prédio da prefeitura com as informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Nesse caso, o telhado verde, mesmo estando em área central, apresentou menor aquecimento e maior umidade relativa do ar. A variação mais significativa foi 3,2°C mais frio e 21,7% mais úmido.

Segundo o pesquisador, essas áreas absorvem cerca de 30% da luz irradiada pelo sol. “Parte [da energia] é retida pelas plantas, até pela questão da fotossíntese, e uma menor quantidade de calor é emitida de novo para a atmosfera”, disse Catuzzo à Agência Brasil. Sem a vegetação, o concreto recebe a energia solar, fica aquecido e emite novamente calor, ou seja, está aquecendo ainda mais.

Além do ganho em termos climáticos, o telhado verde pode contribuir para a redução do uso de energia. “Aumenta-se o conforto térmico no interior dos edifícios e, consequentemente, reduz-se o uso do ar-condicionado”, exemplificou Catuzzo. Também melhora o escoamento pluvial, que é fundamental especialmente para uma cidade que sofre com enchentes. “A água da chuva escoa mais lentamente para as galerias.

Para o geógrafo, a expansão do uso desse tipo de telhado pode ajudar na formação de corredores 
ecológicos nas grandes cidades, interligando várias coberturas às áreas preservadas, como praças e parques. “No 14° andar de um prédio, existe vida. São pássaros, como sabiás e bem-te-vis. Há todo um ecossistema, mesmo que reduzido, funcionando perfeitamente. Ver a cidade mais verde significaria ganho de qualidade ambiental para a comunidade como um todo.

A instalação de um telhado verde, no entanto, não pode ser feita sem cálculos para verificação de qual o modelo mais adequado de acordo com as condições estruturais do prédio. “O da prefeitura, por exemplo, é um telhado verde intensivo, que tem um peso maior, com árvores de porte médio a alto”, explicou Catuzzo. Existem outros tipos de cobertura vegetal, como a extensiva, com o uso de grama; e a semi-intensiva, com plantas de porte arbustivo, além da grama.

Fonte: CicloVivo

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

São Paulo ganha parque sustentável que vai gerar energia solar

Foi inaugurado em São Paulo, na última quinta-feira (26), o Parque Candido Portinari, localizado ao lado do Parque Villa Lobos, zona oeste da cidade. Com uma área de cerca de 121 mil metros quadrados, o parque foi construído baseado em vários conceitos de sustentabilidade, como, por exemplo, o total aproveitamento das instalações e a reciclagem dos resíduos das obras. Além disso, uma usina de energia solar deverá ser inaugurada no espaço do parque.

Entre as estratégias de sustentabilidade, o Candido Portinari terá um sistema de captação de águas pluviais para irrigação das áreas verdes do novo parque, que também atenderá o Villa Lobos durante os períodos de estiagem. A iluminação é feita com lâmpadas de LED e o espaço possui 60 bancos de madeira plástica reciclável e 30 quiosques com coberturas de telhas ecológicas.

Na inauguração do parque, também foram apresentados os planos de instalação de uma usina solar entre o Villa Lobos e o Candido Portinari. A unidade de geração deverá ocupar uma área de 10 mil metros quadrados, com 2.500 painéis fotovoltaicos. Administrada pela Secretaria do Meio Ambiente (SMA), pela Secretaria de Energia (SE) e pela Companhia Energética de São Paulo (CESP), o parque solar custará 13,3 milhões e vai testar o potencial fotovoltaico da capital paulista.

Na lista de alternativas de mobilidade, os frequentadores do novo parque contarão com uma ciclovia de 1.300 metros, integrada à via exclusiva para bicicletas do Villa Lobos. Há também uma pista de caminhada e um espaço para as pessoas andarem de skate, com 1.600 metros quadrados. O Candido Portinari fica localizado próximo à estação de trem Villa Lobos – Jaguaré da Linha 9 – Esmeralda da CPTM, e possui estacionamento com 640 vagas.

Já em sua infraestrutura de lazer, o parque conta com quatro quadras poliesportivas, duas quadras de vôlei de areia, um minicampo de futebol de areia, espaço de convivência para cães e duas áreas para prática de ginástica ao ar livre, além de zonas para piquenique. Também há um playground educativo voltado às crianças.

O parque Candido Portinari demandou um investimento total de R$ 12,5 milhões, bancado pelo Governo do Estado e pela Comgás. A área ocupada pelo parque foi recuperada com a implantação de canteiros, gramados e bosques. São 1.720 árvores, sendo algumas espécies nativas da Mata Atlântica.

Em seu discurso de inauguração, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse que a população de São Paulo “pode se orgulhar” pela concentração da Mata Atlântica no Estado. "Nós, brasileiros de São Paulo, podemos nos orgulhar porque metade do que sobrou de Mata Atlântica no Brasil está em São Paulo. E estamos trabalhando para aumentar essa marca", declarou Alckmin.

Fonte: CicloVivo