
O fluxo de investimento voltado para a implantação de um serviço adequado de saneamento no Brasil é insuficiente para atender às necessidades do setor, considerando a meta de reduzir pela metade, até 2015, como prevê o 7º Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM), a proporção da população sem acesso permanente a esgotamento sanitário.
Os recursos disponíveis cobrem apenas entre 50 e 75% do necessário. A informação é do relatório ONU Água 2012 – Análise e Avaliação Global do Saneamento e Água Potável (GLAAS). O relatório GLAAS apresenta dados recebidos de 74 países em desenvolvimento e cobre 90% do total das verbas oficiais de assistência ao desenvolvimento no mundo. Esta foi a primeira vez que o Brasil participou da avaliação, coordenada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Na avaliação das políticas de fornecimento de água potável, a maioria dos dados brasileiros são positivos. Entre 91% a 100% da população têm acesso a água potável, existem programas para as áreas rural e urbana e o fluxo financeiro garante 75% ou mais do que é necessário para o
abastecimento.
Já no saneamento, o país aparece com 76% e 90% da população tendo acesso a instalações
sanitárias beneficiadas. O relatório chama atenção para a falta de metas referendadas por pesquisas, principalmente em programas de promoção da higiene. O GLAAS afirma que programas nacionais de mudança de comportamento não estão suficientemente informados por meio de avaliações de atitudes locais e são frequentemente limitados a uma pequena escala de implementação. Entre os países da América Latina e Caribe, apenas a Bolívia afirmou realizar consultas sistematicamente nas áreas rurais e urbanas.
Ainda em 2012 a ONU-Água planeja lançar o Relatório sobre Abordagens Integradas para o
Desenvolvimento, Gestão e Uso de Recursos Hídricos, para orientar os debates da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).
A ONU-Água é um mecanismo fundado em 2003 para a coordenação das agências das Nações Unidas em torno dos problemas relacionados a água doce no mundo.
Fonte: ONU.
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