O clima ficou tenso no imóvel que abriga o sistema de abastecimento de água de Ariquemes. Através de um ato do prefeito do município, Márcio Raposo, a concessão do serviço à Companhia de Águas e Esgoto de Rondônia (Caerd) foi extinta. Ontem, mesmo, a Saneamento Ariquemes (Saneari) assumiu a distribuição da água na cidade.
A ocupação das instalações, mantidas até então pela Caerd, foi acompanhada por policiais militares armados e pela Guarda Municipal. Os agentes de segurança controlavam a entrada dos servidores da autarquia estadual. A preocupação é de que houvesse sabotagem de documentos e também no fornecimento de água à população.
A medida foi justificada pelo prefeito Márcio Raposo."A prefeitura criou uma autarquia municipal para administrar o fornecimento de água à população. A concessão da Caerd estava vencida e eles já sabiam que mais cedo ou mais tarde isso aconteceria", argumenta.
De acordo com um documento da prefeitura de Ariquemes, a concessão da Caerd expirou em 31 de dezembro de 2010, funcionando a partir desta data em "caráter precário, podendo ser extinta a qualquer tempo por ato do concedente", diz trecho da ordem de assunção de bens e serviços.
Apesar do tumulto e bate boca, não houve resistência e todo o complexo foi ocupado pelos servidores da recém criada Saneari e funcionários da prefeitura. "Não estamos cometendo nenhuma ilegalidade, porque a lei diz que cabe ao município fazer a gestação do sistema de abastecimento de água, inclusive a Caerd foi chamada para participar da nova concessão, mas não apresentou proposta", enfatiza o prefeito de Ariquemes.
Servidor da Cerd, há 13 anos, Jeová Olegário, indagou sobre o futuro dos funcionários da autarquia. "A gente não sabe o que fazer. A Prefeitura simplesmente disse que a partir de hoje nós não trabalhamos mais aqui (imóvel do sistema de abastecimento de água) e que os trabalhadores eram um problema da Caerd", atacou Jeová.
O prefeito Márcio rebateu a crítica e disse que já fez proposta para que os funcionários da Caerd passem a trabalhar na Saneari.
Fonte: Diário da Amazônia
Nenhum comentário:
Postar um comentário