Mais de uma semana depois de serem atingidas por fortes chuvas, as cidades de Antonina e Paranaguá, no litoral do Paraná, continuam com problemas no fornecimento de água à população.
Em Antonina, o abastecimento voltou a ser interrompido na madrugada deste domingo (20), por causa de uma pedra que entrou na tubulação que leva água à cidade. O cano, de cerca de 30 cm de largura, rompeu, e quase metade dos 18 mil moradores estão sem água.
O mesmo problema havia ocorrido em outro ponto da tubulação na madrugada de ontem --os técnicos levaram o dia inteiro, até a noite de sábado, para terminar o conserto. Hoje, a previsão é de que o encanamento seja arrumado até as 19h.
Segundo a prefeitura, o temporal da semana passada, que obrigou cerca de 3.500 pessoas a deixar suas casas, remexeu o fundo dos rios que abastecem a cidade. Por esse motivo é que as pedras estão indo parar na tubulação.
Há pelo menos uma semana o abastecimento de água está comprometido em Antonina. Antes, o problema eram os deslizamentos de terra, que destruíam os encanamentos --hoje protegidos por trilhos de trem. Agora, são as pedras.
Em Paranaguá, só 60% dos 150 mil habitantes estão com o fornecimento de água regularizado. Os mananciais que abastecem a cidade, localizados no meio da serra do mar, ficaram cheios de lama e detritos. Em alguns deles, a tubulação que leva a água às estações de tratamento foi totalmente destruída.
Parte do problema foi contornado durante a semana, com a construção de redes alternativas e com a limpeza das represas. Segundo a Defesa Civil do município, porém, a situação só deve se normalizar dentro de uma a duas semanas.
Tanto em Paranaguá quanto em Antonina há caminhões-pipa abastecendo os moradores. Em Antonina, eles passam de rua em rua. Em Paranaguá, há 22 pontos de distribuição de água à população.
Apesar de não estar mais chovendo no litoral, a Defesa Civil do Paraná continua atenta a possíveis deslizamentos de terra.
"As montanhas ainda estão muito instáveis. Todo dia temos informação de um novo pequeno deslizamento", diz o major Edenilson de Barros, que comanda as operações na região. Quatro geólogos do governo estadual estão de plantão nas cidades atingidas.
Fonte: Folha.com
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