O distrito industrial que será criado em São João da Barra, no norte fluminense, resultará em um investimento de R$ 63 milhões em saneamento básico para o município, segundo o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc.
A expectativa da SEA (Secretaria estadual do Ambiente) é que a população da cidade multiplique até dez vezes, e que locais ao entorno do distrito como Campos de Goytacazes também sintam esse crescimento.
- É muito positivo levar gente para o norte fluminense ao invés de concentrar tudo na região metropolitana do Rio. O importante é gerar empregos sem ser menos rigorosos com a preservação. Somos um Estado com agilidade e rigor.
O dinheiro para o saneamento é uma contrapartida por parte das empresas que farão parte da região industrial. Um estaleiro de R$ 3 bilhões e uma térmica a gás de R$ 4 bilhões - ambos de Eike Batista - já tiveram suas licenças prévias aprovadas pelo Ceca (Comissão estadual de controle ambiental) na última terça-feira (22). Empresas de outros grupos podem vir a se instalar no distrito.
A SEA e o Inea (Instituto estadual do Ambiente) estabeleceram também exigências mais fortes para as licenças como investimento biodiversidade. De acordo com a presidente do Inea, Marlene Ramos, além da lei de compensação ambiental, instalar-se no distrito requer seguir condicionantes ambientais mais rigorosos.
- Ao lidarmos com um investimento tão pesado, devemos considerar suas consequências. Por isso, podemos pedir que 0,1% do investimento seja direcionado para a biodiversidade e 0,9 % para o saneamento básico.
Este 0, 1% significa R$ 7 milhões para a criação de uma área de preservação entre os parques do Desengano e dos Três Picos para o macaco Muriqui, uma espécie de primata ameaçada de extinção.
Fonte: R7
Nenhum comentário:
Postar um comentário