quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Fusão de Saned e Sabesp será definida por Alckmin

O prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), iniciou conversas com a equipe de transição do governador eleito Geraldo Alckmin (PSDB) para bater o martelo sobre a criação da CSAD (Companhia de Saneamento Ambiental de Diadema), fruto da fusão entre Saned (Companhia de Saneamento de Diadema) e Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). Segundo Reali, o acordo feito com a gestão de José Serra, será reproduzido ao novo governo, sem alterações.

A lei municipal que criaria a empresa tramita na Câmara, no entanto, o formato jurídico ainda está em discussão. Fato que impossibilitou o município de selar a parceria ainda na gestão Serra. A principal pendência é a forma de eleição do presidente e do conselho. "O novo governo também gera uma dificuldade nova. Vamos repactuar na política com a equipe de transição. A presidência ainda não está fechada, mas tem a ideia de ter uma direção rotativa", comentou.
Já estava certo que cada parte contaria com 50% da nova empresa. A união foi motivada por conta de uma dívida de R$ 685 milhões com a Sabesp. Os 50% cedidos servem como pagamento do passivo. A nova legislação extinguiria a Saned, empresa de economia mista criada em 1993 com o domínio municipal.
"Estamos tentando um modelo de gestão e regulação compartilhado. É claro que isso como é uma coisa nova, não é fácil. Tem uma série de questões. E temos a questão política. Nem o Estado, nem o município querem perder suas posições, a negociação é muita dura. Estamos tentando fazer um jogo de empate. Equacionando um passivo com uma empresa que vale muito", informou Reali.
O prefeito também destaca que, segundo o marco regulatório do saneamento, as gestões precisam ser feitas de forma compartilhada. "Não temos condições de tratar esgoto e nem de coletar e distribuir água. Sempre vamos precisar da Sabesp", pontuou.

OUTRA POSTURA

Apesar de Alckmin ser do mesmo partido de Serra, o PSDB, e emplacar um novo estilo de governo, Reali descarta a possibilidade da negociação ser encerrada. Para o prefeito, as tratativas e criação do modelo de gestão exigiram esforço grande de ambas as partes, com consultas em órgãos técnicos e muita discussão, e não haveria justificativa para jogar todo o trabalho fora. "Também vamos aguardar a definição dos novos secretários para saber qual será."


Fonte: Diário do Grande ABC

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