Rio de Janeiro - A Secretaria Estadual do Ambiente promoveu na manhã de hoje (26) a quarta edição da Oficina para Implantação de Coleta Seletiva Solidária em escolas estaduais fluminenses. A finalidade é promover a educação ambiental, principalmente por causa da assinatura da Política Nacional de Resíduos Sólidos. De acordo com a gerente de Educação Ambiental do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Polita Gonçalves, a nova lei trará mudanças e este é um momento favorável para discutir o assunto.
Segundo ela, os fabricantes terão mais responsabilidade ambiental e serão implementadas mais políticas de apoio aos catadores, “que são um elo importante dessa cadeia produtiva”. “No estado do Rio Janeiro tem um decreto, que é o 40.645/07, que obriga os órgãos públicos e as escolas estaduais a implantarem a coleta seletiva solidária, em que os materiais são doados para as cooperativas de catadores. Muitas vezes as escolas não sabem como implantar a coleta seletiva, daí a importância desses eventos que a gente tem realizado na Uerj [Universidade Estadual do Rio de Janeiro]”, destacou a gerente.
As oficinas para Implantação de Coleta Seletiva Solidária receberam nas edições anteriores cerca de 250 pessoas de 80 escolas, atingindo uma média de 35 municípios. A informação foi dada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que em paralelo também desenvolve a capacitação para a coleta seletiva de gestores municipais, catadores de lixo e órgãos públicos, atendendo atualmente 25 municípios.
A gerente de Educação Ambiental do Inea também ressaltou a importância do estímulo à organização de cooperativas de catadores, para a geração de trabalho e renda. Para ela, a distinção dos resíduos faz com que os aterros sanitários tenham maior vida útil. “Adotamos uma postura mais racional frente aos resíduos. Quando a gente diferencia, a gente passa a ter uma fração dele [resíduo] que é passível de ser reintroduzida na cadeia produtiva, gerando trabalho e renda e economizando os recursos naturais`, observou.
O diretor do Colégio Estadual Buarque Nazaré, em Itaperuna, no noroeste fluminense, Ederilton Cassiano, está participando pela terceira vez da oficina e já articulou projetos na sua região. Ele pretende promover uma gincana para os alunos este ano, com tarefas ligadas à ecologia, e começar os projetos de reciclagem em 2011.
“O projeto traz alguns conhecimentos até de leis já aprovadas, como é o caso da obrigatoriedade dos órgãos públicos no uso do papel reciclado. Fomos orientados a fazer um diagnóstico sobre a existência da associação de catadores e entramos em contato com eles, para que pudessem periodicamente fazer a busca desses materiais na escola. Isso enriquece muito, porque traz uma prática muito além do conhecimento teórico. Eles [alunos] passam a vivenciar essa prática ecológica”, disse o diretor.
Ao final da atividade, que tem o apoio da Secretaria Estadual de Educação e a Uerj como coexecutora com o Inea, os participantes recebem um certificado para formalizar as iniciativas locais.
Fonte: Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário