segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Saneamento básico avança pouco, admitem partidos

Metade da população brasileira não é atendida pela rede de esgoto, e apenas um terço do volume coletado recebe o tratamento adequado. A continuar no atual ritmo de investimentos, de R$ 6,2 bilhões anuais, o Brasil só terá 100% de cobertura em 2057, de acordo com estimativa do presidente do Trata Brasil, André Castro.

Para debater as deficiências da rede de saneamento básico, o instituto convidou os coordenadores de campanha dos três principais candidatos à Presidência da República, que concordaram sobre a necessidade de aumentar os investimentos, mas divergem sobre a forma como isso deve ser feito. O coordenador campanha de José Serra (PSDB) à Presidência da República, Xico Graziano, prometeu elevar os investimentos em saneamento básico para R$ 12,6 bilhões por ano. De acordo com ele, os recursos virão de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), Estados, municípios e iniciativa privada.

`O País precisa dobrar os investimentos, e o governo federal precisa articular os recursos disponíveis`, afirmou.

Para o coordenador da campanha de Marina Silva (PV), João Paulo Capobianco, os investimentos em saneamento merecem uma gestão focada e que integre União, Estados e municípios. `O governo federal deve funcionar como indutor. Ele não faz esse tipo de investimento, que cabe a Estados e municípios, e nem deve fazer. A solução não virá do governo federal`, afirmou.

Ele discorda da inclusão desse tipo de investimento no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que `transforma tudo em grandes obras e gastos altíssimos`.

O deputado federal José Eduardo Cardozo (PT-SP), coordenador da campanha de Dilma Rousseff (PT), rebateu as críticas dos opositores e afirmou que houve avanços, ainda que `tímidos`, na gestão do saneamento nos últimos anos. Ele citou a criação do Ministério das Cidades, da Secretaria Especial de Saneamento e a criação de um marco regulatório para o setor

Fonte:O Diário de Mogi

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