Daqui a 20 anos, toda a população brasileira terá que ter acesso a serviços básicos, como esgoto e água tratada. É o que diz a Lei Nacional de Saneamento. Hoje, quase metade dos brasileiros ainda não têm rede de esgoto.
Em Goiânia, a coleta atinge 80% das residências segundo a Companhia de Saneamento de Goiás. Dona Isaura está entre os 20% que ainda despejam esgoto na rua. ''Quando fez a casa, a gente já fez direto para a rua porque a fossa não aguenta a água de roupa que lava. Lava muita roupa”, declara Isaura Olíria Clariano, dona de casa.
Onde a rede coletora não passa, os moradores recorrem às fossas sépticas. São cinco embaixo do sobrado de dona Célia, e três na calçada, o que é proibido.
''Isso dá rachadura na casa. Mas, por quê? A água vai invadindo por baixo da morada da gente. Não tem como'', diz Maria Célia Gomes da Silva, dona de casa.
Segundo o IBGE, quase 53% da população brasileira têm rede de esgoto. O Sudeste é a região com maior cobertura. O Norte e o Nordeste têm os piores índices.
A rede de esgoto é só um dos serviços aos quais os cidadãos têm direito. O saneamento básico também inclui acesso a água tratada e coleta do lixo. E esses são alguns dos assuntos que serão discutidos durante toda esta semana em um congresso em Goiânia, que reúne especialistas não só em saneamento, como meio ambiente e saúde pública.
A missão de quatro mil participantes é discutir soluções para que todos os serviços básicos cheguem a 100% da população até 2.033, prazo previsto na Lei Nacional de Saneamento.
“Nós compilaremos isso tudo em uma carta de Goiânia que nó enviaremos ao Governo Federal, se for o caso, a alguns governos estaduais, e depois fazer o acompanhamento das ações, porque aí a gente se propõe também a participar das ações”, declara Dante Ragazzi Paul, presidente nacional da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária (Abes) e presidente do Congresso.
Fonte: G1
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