segunda-feira, 5 de março de 2012

Empresa em Bertioga transforma água do mar em potável.

Uma das grandes preocupações do homem é que um dia a água potável da terra acabe. Em Bertioga, litoral paulista, uma empresa apresenta uma solução para o problema. Transforma água do mar em água para beber.

Quem poderia imaginar que um dia a gente fosse comprar água do mar assim em copinhos e
garrafinhas pronta para beber. Água limpa, sem sal, sem cheiro e sem cor. Aqui no Brasil, a água já está à venda em lojas de produtos naturais.

Uma garrafinha custa, em média, R$ 4, o dobro da água comum. Apesar do produto ser novo nas prateleiras, já conquista consumidores. “Gostosa. Parece mais leve sim. Suave”, diz a consumidora Ana Maíra Favacho.

A idéia não é hoje. Já faz tempo que se tira o sal da água do mar. Tanto aqui no Brasil, como
em outros países. O Oriente Médio é um bom exemplo. A novidade agora é que uma empresa brasileira investiu, inovou e colocou a água em copinhos e em garrafinhas.

Água do mar, pronta para o consumo. Vender água do mar dessalinizada é um desafio para a humanidade.Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), hoje quase 1,5 bilhão de pessoas já sofrem com a falta de água. Se o consumo continuar no ritmo atual, em menos de 15 anos o problema poderá atingir 3 bilhões de pessoas.

O complexo processo de transformação da água do mar envasada, no Brasil, é feito em Bertioga. O empresario Rolando Viviani Júnior e outros quatro sócios apostaram no negócio. O investimento em maquinários chegou a R$ 3 milhões. Valor alto, ,as que compensa pela
inovação.A captação da água é feita em alto mar.

Quanto mais o barco se afasta da costa a água fica mais limpa, sem areia, e isso facilita o processo de dessalinização. Os funcionários ficam cerca de uma hora, uma hora e meia, até encher, todo o reservatório.A água do mar vai para tanques e segue em tubulações para o laboratório, onde é feito o processo de purificação. Na fábrica, com 11 funcionários, tudo é automatizado.“O processo é praticamente molecular, então são filtragens muito finas. Ultra filtragens. O sal de cozinha é 100% retirado. O que sobra, é o sódio como mineral livre e numa proporção muito pequena”, explica Rolando Viviani.

A técnica é conhecida como osmose reversa. É possível produzir 40 mil litros de água potável, por dia. A água doce que bebemos, tem 12 minerais. Já a água do mar potável, é mais rica em nutrientes. “Ficam mais de 60, desses 86 minerais que a gente encontra naturalmente na água do mar”, diz.

O envasamento dos 20 mil copos por dia é feito na fábrica em Bertioga. E o engarrafamento da água, com ou sem gás, foi terceirizado para uma empresa em cotia, na Grande São Paulo.Para chegar às lojas, com aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a empresa de Bertioga adaptou o produto à legislação brasileira. “Adicionamos um pouquinho de icarbonato de sódio (...). E a gente atendeu a lei 100% do Brasil.

Por isso que nós viemos ao mercado nacional agora”, afirma o empresário.O brasileiro ainda conhece pouco a água do mar pronta para beber. O maior mercado consumidor são os Estados Unidos.

Só para se ter uma ideia, de cada dez garrafinhas fabricadas pela empresa de Bertioga, sete vão
para os EUA.No Brasil, a água é distribuída em além de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e nos estados do Sul do país. E para 2012, a ideia, é expandir os negócios.“Não tem diferença nenhuma das outras. Nem parece que é água do mar. Muito boa”, sugere a consumidora Josefa Cordeiro.

Fonte: A Tribuna.

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