quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Em Belém, apenas 6,4% têm acesso à rede de esgoto

A Cidade das Mangueiras comemora 395 anos hoje (12), mas pesquisas revelam que ainda falta muito a trabalhar no que diz respeito ao saneamento na cidade. No ranking do Instituto Trata Brasil , que traz as 81 cidades com mais de 300 mil habitantes com as melhores e piores colocações do país, Belém ocupa a 73ª colocação, ficando atrás de cidades vizinhas como São Luis (MA), Manaus (AM) e Macapá (AP).

As três melhores cidades no ranking são Jundiaí (SP), que traz 95,4% da população com acesso a água tratada e 91,3% de acesso a rede esgoto; Franca (SP), com 94,8% da população com acesso a água tratada e 96,2% com acesso a rede de esgoto; e Niterói (RJ), também no sudeste do país, com 100% da população tendo acesso à água tratada e 92,2% com acesso a rede de esgoto. No ranking, a cidade das regiões Norte e Nordeste melhor colocada é Campina Grande (PB), na 18ª colocação.

Belém apresenta índices muito baixos de acesso da população ao saneamento. Apenas 81,6% da população tem acesso à água tratada; somente 6,4% da população tem acesso à rede de esgoto e apenas 11,8% de toda a população desfruta de esgoto tratado. Apesar dos baixos índices da cidade, Belém está entre as dez cidades que apresentam maior crescimento na rede de esgotos no período de 2003 a 2008, mas ainda é pouco comparado com o resto do Brasil.

A reportagem do DOL procurou a SESAN para esclarecimentos, mas não obteve resposta.


SANEAMENTO

O estudo produziu um conteúdo significativo de conhecimento e análise dos grandes desafios que devem ser superados no campo do saneamento básico para que a população brasileira alcance um nível de desenvolvimento humano compatível com as potencialidades e as realizações do país.

Desde os anos 90, o país tem conseguido reduzir significativamente os níveis de pobreza. Trata-se de uma conquista importante, que atesta que o caminho do desenvolvimento está sendo capaz de equacionar os problemas marcantes e recorrentes da sociedade brasileira, como a desigualdade de renda. Em contraste, a questão do saneamento avançou pouco.

A universalização do acesso à rede de esgoto pode trazer uma valorização média de até 18% no valor dos imóveis. Esse seria o ganho de uma família que morava em imóvel em uma região que não tinha acesso à rede e que passou a ser beneficiada com os serviços.

Em 2009, dos 462 mil pacientes internados por infecções gastrintestinais, 2.101 morreram no hospital. Se houvesse acesso universal ao saneamento, haveria uma redução de 25% no número de internações e 65% na mortalidade, ou seja, 1.277 vidas seriam salvas.


Fonte: Trata Brasil

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