Rede de abastecimento de água, rede coletora de esgoto e coleta de lixo direta são serviços que não estão presentes em 37,4% dos domicílios no Brasil. Apesar da porcentagem ter subido de 57,2%, em 1999, para 62,6%, em 2009, a proporção de residências sem saneamento básico é alta, especialmente no Norte e Nordeste do país.
Os dados divulgados na Síntese dos Indicadores Sociais, apresentada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (16), confirmam que os brasileiros de menor renda são os que mais sofrem com a falta de saneamento. Entre aqueles que vivem com menos de meio salário mínimo, apenas 41,3% contavam com os serviços simultâneos de água, esgoto e lixo.
Durante a década, a evolução foi pequena, principalmente, na região Norte, onde os 11,6% dos domicílios eram atingidos pelos serviços em 1999. Em 2009, a porcentagem passou a ser de 13,7%. Apesar de ainda apresentar um valor absoluto bem abaixo da média nacional, o Nordeste teve a maior evolução neste quesito. Passou de 25,4% em 1999 para 37% em 2009.
As regiões Sudeste e Sul apresentam os maiores graus de abrangência de saneamento. No Sudeste, 85% dos domicílios possuem os serviços. Na região Sul, 62%.
Contraste social
Entre os quesitos analisados, a rede de esgotamento sanitário é o mais carente em todas as regiões. No entanto, há uma grande diferença entre a região Norte, onde apenas 16,6% dos domicílios contam com os serviços, e a região Sudeste que tem 90,7%. Em 10 anos, o Norte do País conseguiu uma evolução de apenas 1,3%.
Os serviços de coleta de lixo e o acesso à água potável contemplam a grande maioria da população, atingindo 98,5% e 93,5% dos domicílios, respectivamente.
Fonte: Terra Online
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