RIO - Num país onde são coletadas mais de 183 mil toneladas de resíduos sólidos apenas domiciliares e/ou públicos por dia, na maioria dos municípios o lixo continua sendo despejado em vazadouros inadequados e que agridem o meio ambiente. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), divulgada hoje pelo IBGE, em 2008, em 50,8% das cidades tinham como destino final de seus resíduos sólidos um lixão. E em 22,3% deles, o destino era um aterro controlado, também considerados perigosos e poluentes pelos ambientalistas. Um desafio e tanto para a recente Política Nacional de Resíduos Sólidos, sancionada no início deste mês pelo presidente Lula e que prevê o fim dos lixões e o incentivo à reciclagem.
Apesar disso, os aterros sanitários, que tem melhores garantias ao meio ambiente, vêm se tornado mais comuns. Em 1989, estavam em apenas 1,1% das cidades, saltando para 27,7% em 2008, mas ainda muito concentrados nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo.
Assim como no caso do esgotamento sanitário, também investigado pela pesquisa, na questão do lixão a situação também é pior nas regiões mais pobres. No Nordeste, 89,3% dos municípios despejam o lixo em lixões e, no Norte, 85,5% deles. No sudeste, o Rio de Janeiro é o destaque negativo, com 33% dos municípios destinando o lixo a lixões. E a própria capital, a cidade do Rio, ainda joga seu lixo num aterro controlado, o de Gramacho, para ambientalistas já saturado.
Já os programas de coleta seletiva mais que dobraram em oito anos. Passaram de 451 em 2000 e para 994 em 2008, com avanço, sobretudo, nas regiões Sul e Sudeste, onde 46% e 32,4%, respectivamente, dos municípios informaram programas de coleta seletiva que cobriam todo o município.
Fonte: O Globo
muito boa pesquisa
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