terça-feira, 3 de agosto de 2010

Em 10 anos, Água Doce vai atender 2,3 milhões de pessoas do semiárido

O Programa Água Doce, do Ministério do Meio Ambiente, vai garantir água pura à população rural do semiárido que vive em áreas com graves problemas de desertificação. Com a recuperação e implantação de sistemas de dessalinização e criação de unidades produtivas, o programa vai atender, nos próximos 10 anos, mais 2,3 milhões de pessoas que vivem no semiárido brasileiro. Isso representa 25% da população que vive em zonas rurais na região.

Essa meta põe os municípios mais pobres, em áreas com risco de desertificação, no topo da lista de prioridades. `Utilizamos critérios técnicos para atender quem mais precisa`, explica o analista em infraestrutura, Renato Coelho. Por isso, os municípios com menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH), altos percentuais de mortalidade infantil e com dificuldade de acesso aos recursos hídricos serão os primeiros a serem contemplados pelo programa.

Com isso, serão recuperados 2.071 dessalinizadores e criados outros 1.381, além da instalação de 206 unidades produtivas, totalizando investimento de R$ 338 mil. Junto com água de boa qualidade, as unidades produtivas garantem comida à população. Com o reaproveitamento dos rejeitos dos dessalinizadores, é criado um tanque de criação de peixes. A água salinizada ainda é reaproveitada na irrigação de atriplex, que se transforma em feno para animais.

ICID 2010

Alternativas como as do Programa Água Doce, para o combate à desertificação e adaptação às mudanças climáticas, serão debatidas na Segunda Conferência Internacional: Clima, Sustentabilidade e Desenvolvimento em Regiões Semiáridas - ICID 2010, que será realizada de 16 a 20 de agosto, em Fortaleza (CE).

O evento vai reunir mais de duas mil pessoas de 90 países. A meta do encontro é incluir de forma efetiva as questões relacionadas aos efeitos do aquecimento global em regiões áridas e semiáridas nas agendas de debates nacionais e internacionais.

Organizada pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) - em parceria com os ministérios do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia, o Governo do Ceará e outras entidades governamentais e de pesquisa nacionais e internacionais -, a ICID 2010 vai gerar, consolidar e sintetizar dados e estudos sobre mudanças climáticas e identificar ações para promoção do desenvolvimento seguro e sustentável nas regiões semiáridas. Um bilhão de pessoas pobres e vulneráveis vive em terras secas. No Brasil, cerca de 35 milhões de pessoas vivem nas chamadas Áreas Susceptíveis à Desertificação.

Fonte:MMA Online

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