Eleições 2010 - A candidata à presidência Dilma Rousseff afirmou hoje que pretende estabelecer metas e investir "pesadamente” em saneamento básico. Segundo ela, o governo Lula retomou os investimentos em saneamento e habitação por meio de parcerias com estados e municípios. Se, no passado, eram investidos por ano cerca de R$ 300 milhões, entre 2007 e 2010, o volume de recursos para obras de saneamento somou R$ 8,5 milhões.
“E eu vou continuar a investir pesadamente em saneamento nas grandes cidades. Eu aprendi no Luz Para Todos que só há um jeito de resolver certos problemas. Nós fizemos um imenso esforço criando metas para universalizar a luz elétrica. Se a gente não tiver metas claras, não há mobilização”, afirmou a candidata, em entrevista coletiva em São Paulo.
Dilma citou as obras em Heliópolis e Paraisópolis, na capital paulista, para explicar que o governo Lula adotou “critérios republicanos” para o repasse de recursos para obras de saneamento, habitação e urbanização. Não fez,a assim, um distinção entre aliados governistas e oposicionistas.
Como exemplo, a candidata citou os recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em São Paulo. O governo federal repassou R$ 310 milhões em contratos firmados com a prefeitura e o governo de São Paulo para construção de 3,7 mil moradias aproximadamente. Além disso, os recursos serão usados em obras de urbanização e na regularização fundiária.
“Nós adotamos critérios republicanos para a seleção de obras, olhando o interesse da população”, disse Dilma. “Esse é um processo feito em parceria, ou então ele não sai. A experiência demonstra que é preciso chamar prefeitos e governadores.”
Reforma tributária:
A candidata da coligação Para o Brasil Seguir Mudando reiterou seu compromisso em fazer a reforma tributária para zerar impostos sobre investimentos produtivos e a folha de salários, além de simplificar o sistema de tributos. Segundo ela, com o PIB crescendo a 7% por ano, é possível reduzir impostos sem impactar a arrecadação.
“O Brasil mudou. A regra de antes, que era cortar e aumentar tributos, tem que acabar. Não é essa a realidade. Urge fazer a reforma tributária. Esta é uma questão prioritária na campanha eleitoral”, disse, taxativa.
Dilma foi categórica também ao negar que seu governo fará um ajuste fiscal. Se necessário, afirmou, o governo pode reduzir o ritmo de gastos, mas nunca “transformar necessidade em virtude”. Para a candidata, controle de gasto público é obrigação do governo.
“Eu não vou fazer ajuste fiscal em hipótese alguma. O Brasil não precisa mais de ajuste fiscal. O Brasil saiu da fase de crise sistemática da contas públicas. Instituir uma coisa que chamei de necessidade, que é o ajuste fiscal, e transformar em virtude é de uma cegueira absurda.”
Fonte: O Noticiado
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