segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Piauí possui apenas duas cidades com coleta seletiva de lixo


Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatou que o número de cidades brasileiras com coleta seletiva de lixo mais que dobrou de 2000 a 2008. Mas, apesar do avanço, o estudo, denominado de Índices de Desenvolvimento Sustentável (IDS 2012), revelou que apenas 1.087 municípios brasileiros, ou 19,5% do total, têm alguma forma de separação de lixo para reciclagem.

Os municípios que já dispõem de coleta seletiva estão concentrados nas regiões Sudeste e Sul, onde 25,9% e 41,3% das cidades, respectivamente, fazem separação de lixo. São piores os dados para o Norte (5,1% das cidades), Nordeste (6%) e Centro-Oeste (7,1%). A pesquisa revela ainda que no Piauí, apenas duas cidades (0,9% do total) têm coleta seletiva.

Em Teresina, preocupada com a evolução das políticas públicas de saneamento ambiental, a Prefeitura de Teresina, por meio da Sustentare Engenharia Ambiental, implantou o sistema de coleta seletiva de lixo em 16 pontos estratégicos da cidade. Para Fernando Góis, gerente da Sustentare Engenharia Ambiental, os maiores beneficiados por esse sistema são o meio ambiente e a saúde da população.

“O tratamento e a destinação adequados do lixo coletado são condições essenciais para a preservação da qualidade ambiental e da saúde da população, facilitando o controle e a redução de vetores e, por conseguinte, das doenças causadas por eles. A coleta seletiva, em especial, é importante pelo fato de separar os materiais recicláveis, de forma que os mesmos possam ser corretamente processados e transformados em novos produtos. O sistema também gera emprego e renda para a população que depende da comercialização do material selecionado para a reciclagem”, explica Góis.

O gerente afirma ainda que uma sociedade consciente e bem educada não gera lixo e sim materiais para reciclar. “A coleta seletiva contribui para a melhoria do meio ambiente na medida em que diminui a exploração de recursos naturais; reduz o consumo de energia; prolonga a vida útil dos aterros sanitários; diminui o desperdício; diminui os gastos com limpeza pública; possibilita a reciclagem de materiais que iriam para o lixo. Portanto, a coleta seletiva de lixo aparece não como a solução final, mas como uma das possibilidades de redução do problema com o lixo”, destaca o gerente da Sustentare.

Em Teresina, os pontos de coleta seletiva de lixo estão dispostos nas seguintes localidades: Praça das Palmeiras, no Saci; Praça do Parque Piaui; Praça da Vermelha; Praça Pedro II; Praça São Benedito, em frente ao IFPI; Praça da Bandeira; Parque Encontro dos Rios; em frente ao Posto de Saúde do Angelim; Ponte Estaiada; Praça da Igreja na Av. Nossa S. Fátima; Praça Morada do Sol; Praça dos Correios, na Av. Principal do Dirceu; Praça do Renascença I; Praça do Novo Milênio; Praça em frente ao Tribunal Regional Eleitoral e no Pátio do Estacionamento do DNIT, na Av. João XXIII.

Além de manter a cidade limpa a Sustentare também dispõe de uma equipe de educação ambiental, que desenvolve contínuos trabalhos de conscientização e sensibilização da população em torno da importância socioambiental que a coleta seletiva representa para a cidade. “Nada no mundo some num passe de mágica. Por isso, nossa responsabilidade com o lixo não pode mais se encerrar na lixeira. O lixo deve ser considerado como uma questão de toda a sociedade e não um problema individual. É direito do cidadão ter um ambiente sadio e um dever de todos preservá-lo”, conclui Fernando Góis.

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