Esgoto de Santos recebe 85 tonelada de óleo.

Dados da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) mostram que 85 toneladas de óleo de cozinha são despejadas por mês na rede de esgoto em Santos, litoral de São Paulo.

Santos produz a maior quantidade, com 63 toneladas de óleo por mês. O óleo descartado de forma irregular, seja na pia, no vaso sanitário ou na boca de lobo causa prejuízos à rede coletora de esgoto, muitas vezes causando entupimento e rompimento da mesma.

“É como o colesterol ruim no sangue, vai incrustando até fechar completamente a tubulação, tornando-se uma pedra que só pode ser retirada com equipamentos específicos. Estudos mostram uma queda de até 30% no número de desobstruções na rede de esgoto das regiões que destinam o óleo de cozinha para reciclagem. Com isso, há uma menor necessidade da execução de serviços emergenciais”, explica o gerente da Divisão de Tratamento e Disposição Final de Esgoto da Sabesp, o químico Helvécio Carvalho de  Meio ambiente.

Segundo o ambientalista Orlando Couto Junior, também professor de Ciências Biológicas da Unisanta, para cada litro de óleo despejado, é necessário um milhão de litros de água limpa para diluir esse material, altamente poluente.

“O óleo, em contato com a água, cria uma barreira na superfície, impedindo a troca gasosa, prejudicando o desenvolvimento dos fitoplânctons, microalgas que são o pulmão do rio e mar. Também polui o zooplâncton, minilarvas de siri, caranguejo e camarão”, explica o professor.

Fonte: Band.